Ampliando Conhecimentos

PARA VOCÊ REFLETIR…

E SE POSSÍVEL NOS AJUDAR…

A ASSOCIAÇÃO BENEFICENTE TENDA DE UMBANDA CABOCLA MAROLA DO MAR, é uma associação que existe de fato desde 1978, entretanto, somente no dia 13 de maio de 1996, teve seus Estatutos elaborados pelos seus integrantes, sendo este Estatuto publicado em Diário Oficial de Santa Catarina nº 15.513, do dia 12/09/96, pág. 44, bem como Alvará do Superior Órgão de Umbanda, CGC 03.062.012/0001-39.

Temos um projeto nobre, pretendemos nos inserir na Comunidade de Biguaçu e arredores, prestando um serviço que é o principal objetivo da Umbanda: CARIDADE E FRATERNIDADE.

Atualmente estamos funcionando na Rua da Juçaras s/nº mas nosso espaço já está ficando muito pequeno e o nosso projeto muito grande.

Precisamos  ampliar, urgentemente o espaço para acomodar as pessoas que nos procuram semanalmente.

Temos um espaço onde realizamos as sessões de Umbanda e Estudo do Evangelho, uma sala para atendimento com o Povo do Oriente (curas), uma biblioteca. Pretendemos construir uma sala para atendimento com Apometria e uma sala de aula para reforço pedagógico e alfabetização de adultos e um espaço que servirá de creche para receber crianças de 0 à 6 anos em período integral para que as mães possam trabalhar.

Para executarmos este projeto, precisamos da contribuição dos adeptos e simpatizantes da Umbanda, bem como de todas as pessoas interessadas na prática da caridade. Associe-se a nós. Venha fazer parte da nossa casa, compartilhe e ajude-nos na realização dos nossos projetos.

Aceitamos qualquer tipo de doação.

Cumpre informar que a Associação Beneficente Tenda de Umbanda Cabocla Marola do Mar, trabalha GRATUITAMENTE, sobrevivendo até hoje, graças ao trabalho, abnegação e esforço do seus médiuns e associados.

Convidamos você, para vir ao nosso Templo de Fé, ler o nosso Estatuto, conhecer com mais detalhes o nossos projetos e quem sabe, associar-se, passando a fazer parte deste grupo que luta por um mundo melhor.

Biguaçu, Ano de 2010.

Se você quiser mais informações, ou desejar colaborar com nossa página, nos envie algum conteúdo para ser publicado.

Banhos

 

Os Banhos de Descarga

(ou Banho de Descarrego)

Desde épocas remotas é conhecida a forma mágica das plantas e ervas medicinais. Daí os banhos serem considerados veículos de purificação do corpo e da mente, incluindo-se no processo de mediunidade dentro dos centros e terreiros de Umbanda.

O banho de descarga é um descarregamento dos fluídos pesados de uma pessoa.

O banho de descarga mais usado é feito com ervas positivas, variando de acordo com os fluídos negativos acumulados que uma pessoa está carregando, e de acordo com os orixás que a pessoa traz em sua cabeça.
O banho de descarga com ervas deve ser tomado após o banho rotineiro, de preferência com sabão da costa, sabão neutro ou sabão de coco.
Um banho de descarga não deve ser jogado brutalmente pelo corpo e sim suavemente, com o pensamento voltado para as falanges que vibram naquelas ervas ali contidas.

Os banhos de ervas, são classificados normalmente em três tipos: Banho de Descarga, Banho de Ritual e o Banho de Iniciados.

CARTILHA DA ABTUCMM

IDENTIFICAÇÃO:

ASSOCIAÇÃO BENEFICENTE TENDA DE UMBANDA

CABOCLA MAROLA DO MAR

MÃE DE SANTO: ELDENI FERNANDES CAMARGO

FILHA DE: IEMANJÁ E OGUM

GUIA DE FRENTE: CABOCLA MAROLA DO MAR

CABOCLO LÍRIO BRANCO (coordena todos os trabalhos realizados na tenda, sob a orientação da Cabocla Marola do Mar.)

ENTIDADES:

 Povo D água →Cabocla Marola do Mar

 Caboclos → Caboclo Lírio Branco (Caboclo de Xangô).

Cabocla Juremi (Cabocla de Oxoce).

 Ogum → Ogum Sete Espadas.

 Xangô → Xangô de Alafim.

 Oxalá (almas) → Preto Velho Pai Tomás

Rita Benedita

Erê → Mariazinha

 Oriente → Princesa Iara

Ciganos: → Carmem

Exús: →Pomba Gira Maria Padilha

→   Exú Sete Capas

Coordenador dos Trabalhos de Estudo do EVANGELHO: Irmão Lázaro

Coroada por: Jacob Bernardo Schimitt – filho de Xangô Caô da : SOCIEDADE BENEFICENTE E RECREATIVA TENDA DE UMBANDA PAI XANGÔ CAÔ – JOINVILLE -S/C.

Data da coroação: 21 de fevereiro de 1987.

SOCIEDADE BENEFICENTE E RECREATIVA TENDA DE UMBANDA PAI XANGÔ CAÔ

JACOB BERNARDO SCHIMITT (Pai de Santo da Chefe do Terreiro)

FILHO DE: XANGÔ CAÔ

Para Você que está iniciando sua caminhada na A.B.C.T.U.C.M.M., saiba que nesta casa praticamos a CARIDADE sob todos os aspectos.

Caridade para com a família;

Caridade para com os irmãos de fé;

Caridade no ouvir e no falar.

Não somos médiuns apenas durante os trabalhos no Terreiro. Somos médiuns vinte e quatro horas por dia, portanto, paute a sua vida

dentro dos preceitos do Cristo e das Leis Universais, para que possas progredir espiritualmente e oferecer um bom aparelho para os amigos da espiritualidade trabalharem.

Não costumamos fazer críticas à Religiões ou à irmãos que professam Credos diferentes do nosso. Todos merecem nosso respeito. “Há muitos caminhos que levam à morado do Pai”, cada um tem o direito de exercer o seu livre arbítrio, escolhendo o caminho em que melhor se adapte.

Lembre-se:

Todas as normas e regras devem ser cumpridas.

O Estatuto deve ser aplicado e respeitado.

Cumpra sua parte e a sua convivência em nosso meio será harmoniosa e feliz.

Seja bem vindo!

Eldeni Fernandes Camargo

Sacerdotisa de Umbanda

DEVERES DO MÉDIUM DA A.B.T.U.C.M.M.:

 No dia anterior ao trabalho, o médium não deve ter relações sexuais;

Procurar ficar o mais calmo possível no dia dos trabalhos, mentalizando coisas boas, harmonizando-se e se preparando para os trabalhos, chamando pelos seus Guias mentalmente;

 Evitar bebidas alcoólicas e fumar o menos possível;

Tomar banho de descarga antes da sessão;

Chegar pelo menos, 10 minutos antes do início da sessão, acender sua vela para o Anjo de Guarda e fazer suas orações;

Procurar decorar todos os Pontos Cantados na Banda;

Estar sempre atento aos trabalhos e aos Guias para poder aprender;

Auxiliar sempre que for necessário, sem que precise alguém pedir;

Manter sua pasta de médium, atualizada e em ordem;

Procurar estudar o conteúdo da pasta e perguntar sempre que tiver dúvidas;

Providenciar o material necessário para seus Guias, tais como: cigarros, bebidas, ervas, mel; enfim, tudo o que a Entidade utiliza

Ser pontual, não faltar aos trabalhos e vir para a Tenda sempre que for convocado.

Os Ogãs devem manter o atabaque devidamente afinado e com o couro tratado. Evite fazer isso durante as Giras.

O Cambone deve manter sempre em dia a Agenda da Mãe-de-Santo e o material de seus Guias sempre em ordem. Distribuir e recolher as fichas e separar o livreto de Pontos.

O uniforme deve estar sempre limpo e passado.

A Tenda tem que estar sempre limpa e na mais perfeita ordem;

Manter em dia a mensalidade da Associação.

 Manter um bom relacionamento com seus irmãos de fé.

Evitar fofocas, dissabores e conversas improdutivas.

OS DEZ CREDOS DA UMBANDA

CREMOS:

1. Na existência de um Deus, Único, Onipotente e Onisciente, criador de todas as coisas, irrepresentável sob qualquer forma e adorado sob o nome de ZAMBI;

2. Em Entidades Espirituais, em plano superior de evolução, que não necessitam de novas reencarnações, responsáveis pela organização dos mundos e dos seres que neles habitam. São os Orixás, Santos, Chefes de Linhas e Falanges, executores diretos da Vontade Divina. Entre eles, Oxalá, o Cristo Planetário da Terra e, como tal, primeiro na hierarquia deste planeta;

3. Em Guias Espirituais e Protetores, Sábios, poderosos e bondosos, porém necessitados ainda de reencarnações para seu aperfeiçoamento. São mensageiros dos Orixás e Santos;

4. Em Seres da Natureza e suas energias cósmicas que, manipulados com sabedoria e bondade, sob a forma de magia, auxiliam a peregrinação do homem;

5. Na imortalidade do espírito, sobrevivendo á morte física, a caminho da evolução;

6. Na reencarnação, possibilitando o aprendizado e aprimoramento do Espírito;

7. Na Lei do Carma, instituindo que cada ação gera uma reação;

8. Na necessidade do ritual como elemento mágico e disciplinador;

9. Na prática da mediunidade, sob as mais variadas modalidades, com o objetivo de caridade material e espiritual;

10. NO RESPEITO ÁS DEMAIS RELIGIÕES, porque todas constituem caminhos de progresso espiritual que conduzem a DEUS.

AOS MÉDIUNS

Uma grande mudança está para acontecer, a partir do momento em que entrares no espiritualismo, toda a tua vida sofrerá uma mudança progressiva. Mudança nos hábitos, pensamentos, compromissos, etc.

A missão do médium é árdua, quem pensa que mediunidade é recompensa, está muito enganado; mediunidade é resgate, é uma prova muito grande em que devemos nos esforçar ao máximo para sermos aprovados.

Não venha com o pensamento de que as Entidades que trabalham na Umbanda resolverão seus problemas de imediato, esqueça a idéia de que “eu trabalho, tenho meus Guias, eu mereço” ou “comigo não acontece nada, pois sou umbandista”, ou ainda quando ocorre uma doença, uma perda ou outra qualquer dificuldade, lamentar-se e revoltar-se dizendo: “ porque os Guias não me avisaram ou evitaram isso? Porque não fizeram nada?”

Não esqueça nunca que cada um de nós possui um “credicarma” e é nele que serão debitadas nossas boas ou más ações.

Antes de desenvolver as faculdades mediúnicas, contempla o mundo e todas as tentações terrenas, interrogue vossa alma e vede se podereis cumprir fiel e religiosamente seus deveres mediúnicos.

A preocupação maior do médium não deve ser de receber os Guias, é antes de tudo vigiar e orar para não ser vítima de nenhum espírito embusteiro.

Deus nos concedeu o benefício da mediunidade para que possamos resgatar com maior rapidez as faltas de vidas pregressas, cabe-nos, portanto, aproveitar ao máximo essa oportunidade, tendo o como princípio dar de graça aquilo que de graça recebemos, jamais pensar em cobrar pelos nossos trabalhos mediúnicos; ao cobrarmos das pessoas que precisam dos nossos dons, estaremos contraindo um débito enorme com o Criador.

Devemos estar sempre apostos no terreiro nos dias e horas de trabalho, de preferência dez (10) minutos antes de do início, para que tenhamos tempo de nos preparar espiritualmente, entrando em sintonia com nossos Protetores a fim de realizarmos um bom trabalho, abstendo-nos de preocupações laboriosas ou de outra ordem que se possa ligar a matéria e conservar o firme propósito de que vai para os trabalhos cumprir a missão de médium.

Somos soldados a serviço de Jesus, e, como tal, devemos nos esforçar para cumprir a Lei do Mestre: Perdão, Renúncia, Humildade, Caridade e Amor ao Próximo. Estamos manipulando forças das quais conhecemos uma ínfima parcela de sua grandiosidade, portanto, cabe a cada médium, aproveitar ao máximo os conselhos e orientações dos Guias.

O Espiritualismo é uma ciência exata, nada acontece por acaso, tudo tem sua razão de ser, analisando profundamente nossa vida presente, podemos encontrar respostas de fatos ocorridos em nossas vidas passadas e entrever como será nossa vida futura, por esta razão antes da revolta ou de questionamentos sem fundamentos, procure conhecer-se, analisar-se e descobrirás que tudo o que acontece é conseqüência de tuas próprias ações.

HINO DA UMBANDA

Refletiu a luz divina, em todo o seu esplendor.

Vem do reino de Oxalá, onde há paz e amor.

Luz que reflete na terra, luz que reflete no mar.

Luz que vem lá de aruanda para tudo iluminar

Umbanda é paz e amor, é um mundo cheio de luz.

É força que nos dá vida

E a grandeza nos conduz

Avante filhos de fé, como a nossa lei não há!

Levando ao mundo inteiro a bandeira de Oxalá.

Levando ao mundo inteiro a bandeira de Oxalá.

CREDO DOS UMBANDISTAS

Creio em Deus,

No seu poder

Na sua luz

E no seu perdão.

Creio nos orixás amparando as nossas vidas.

Na comunicação dos Guias

Encaminhando – nos para a caridade e a prática do bem.

Nas falanges espirituais influenciando os homens na vida terrena.

Creio na reencarnação da alma

Na justiça divina do retorno

Como doutrina espiritual

Na invocação

Na prece

E na oferenda, como atos de fé.

E na Umbanda Como missão e caminho

Para seguir o Pai OXALÁ.

O VALOR DA MEDIUNIDADE

Para que os irmãos reflitam sobre o valor da mediunidade, vou relatar uma história acontecida nos planos espiritual e material, respectivamente.

“Joaquim, um espírito recém-desencarnado, cuja vida na terra havia sido péssima, fez um requerimento aos mentores espirituais de planos mais elevados, rogando desesperadamente nova oportunidade para resgatar as dívidas contraídas na extinta existência corpórea. Era tão grande seu arrependimento e tanto o torturava a própria consciência que, ao pedido feito, suplicava novo corpo físico, em qualquer situação, qualquer tipo de existência, por pior que fosse: poderia vir louco, cego, aleijado, mudo, idiota, canceroso, leproso, morfético, fosse o que fosse, pouco lhe importaria. Submeter-se-ia com resignação, mas desejava encarnar-se de novo e para isso, suplicava de joelhos. Levado seu pedido ao alto, Deus, em sua infinita misericórdia, avaliou seus rogos, seus desejos, e atendeu-o; dar-lhe-ia oportunidade para reencarnar-se, porém, dizia a permissão, o filho pedinte não necessitava vir à terra com defeito físico, doença ou perturbações mentais. Apenas uma condição era-lhe imposta: nascesse, na terra, como homem normal, mas viria como médium e comprometer-se-ia a prestar a caridade quatro horas por semana, durante trinta anos, ou seja, dos vinte até os cinqüenta anos. Feito isso, sua dívida estaria saldada. Joaquim, é claro, chorando de alegria, reencarnou-se. Até vinte anos de idade, tudo foi normal. Daí em diante desabrochou-lhe a mediunidade. Passou então a freqüentar um templo espírita, trabalhando duas horas na terça e duas horas no sábado. Assim, foi levando placidamente sua existência e até casou.

Voltemos ao plano espiritual.

Quarenta anos depois do nascimento de Joaquim, os mentores espirituais depararam com outro irmão necessitado de socorros urgentes, para tanto, tinham de recorrer a um médium na terra, que fornecesse fluídos materiais para sintonizar com a vibração grosseira daquele espírito em desespero, a fim de ser aliviado nos sofrimentos morais, após a necessária doutrinação. Um dos mentores, então, lembrou-se do Joaquim, o irmão que fizera o requerimento pedindo para encarnar-se na piores condições possíveis, mas que por bondade de Deus, apenas lhe fora imposta a faculdade mediúnica com a finalidade de ressarcir males semeados. Sim, o Joaquim era a pessoa indicada, porque deveria estar em plena atividade, já fortalecido em seu dom e ser-lhe-ia útil naquela emergência. Consultada sua ficha cármica, comprovaram o fato. Daí resolveram conduzir aquela alma sofredora até o médium para que sua mediunidade de incorporação, ajudasse o irmão aflito. E levaram-no até o centro, onde o médium compromissado deveria estar atuando, pois era um sábado, dia de sessão.

Chegando ao centro, os mentores viram outros médiuns, menos o Joaquim… um deles disse apreensivo: “talvez esteja doente… vamos até sua residência e apliquemo-lhe passes magnéticos para revitalizar-lhe, neutralizando algum mal-estar que por ventura tenha sido acometido”.

Verificada a ficha do centro, anotaram-lhe o endereço, para lá rumando. Antes, porém, deixaram o espírito angustiado entregue a outros médiuns daquele templo. Ao chegarem ao lar de Joaquim, encontraram-no. Lá estava ele deitado em uma rede, ocioso e indiferente, tomando uma cerveja. Surpresos, os mentores ainda ouviram a esposa do médium irresponsável perguntar-lhe por que não fora ao centro, pois era dia de sessão. O marido respondeu que fazia muito calor e ele já estava cansado de ficar horas e horas a atender irmãos que compareciam ao centro para aborrecê-lo…

Um dos mentores observou: “Não foi este que pediu para reencarnar-se como louco, cego, idiota, leproso, canceroso ou o que merecesse, desde que lhe fosse permitido reencarnar-se em novo corpo físico?… E Deus, na sua infinita benevolência, tão somente lhe impôs servir como médium, trabalhando quatro horas por semana, dos vinte aos cinqüenta anos de idade… E só isso? Ele está agora com apenas quarenta de vida terrena!” É verdade, afirmou o outro e ambos tristes, compadecidos do irmão, se retiraram.

Adivinhem o que irá acontecer ao Joaquim, quando novamente regressar ao mundo dos espíritos?…

Aí está, meus irmãos, a responsabilidade do médium, reflitam e muito cuidado para não incidirem no mesmo erro do Joaquim.

PENSEM NISTO!

Pense, pense muito à respeito do caminho que tens a seguir, pois uma vez iniciado, não haverá retorno, terás de caminhar sempre em frente, usando de todas as tuas forças para transpor todos os obstáculos que com toda certeza surgirão para desviar-te do caminho do aperfeiçoamento e progresso. Lembrem-se de que nossos Guias estarão sempre atentos para nos orientar ESPIRITUALMENTE, mas nos problemas MATERIAIS, cabe a nós mesmos resolvê-los, podemos e devemos pedir ajuda e com toda certeza seremos auxiliados, mas, jamais esperar que eles resolvam ou decidam por nós.

Acima de tudo, não devemos nos revoltar diante do sofrimento aceitando-os como exemplos de coragem para lutar e vencer.

A UMBANDA COMO UM TODO

“Ao surgir o primeiro homem no cenário da vida , já com ele vinha a necessidade de se crer em alguma coisa a fim de justificar a sua própria existência dentro do cenário da natureza” Umbanda (arte de curar, dialeto Kibund, Angola) é uma religião praticada no Brasil, que foi codificada em 15/11/1908 pelo Caboclo Sete Encruzilhadas, que orientou que nesta religião não haveriam cobranças, sangue e nem comidas, somente se trabalharia com ervas, flores e perfumes. Usaria-se ainda o fardamento branco , o que levou a denominá-la de o “Exército Branco de Oxalá”. Os trabalhos mediúnicos seriam socorro imediato, transformando a esperança em vida, os sofrimentos – sob terapia intensiva – teriam soluções mais apropriadas. A Umbanda conceitua-se única e do bem, verdade e caridade, comparada em seus organogramas com o Kardecismo – fator importante por seus fundamentos serem semelhantes. Através da incorporação trabalhamos com entidades na Umbanda de espíritos que já foram encarnados .

Existem na Umbanda sete linhas de entidades, com as quais trabalhamos, e cada uma possui suas falanges (exércitos ) que vem à Terra ( nas sessões ) ajudar aos irmãos necessitados.

É a Umbanda uma ciência porque dá ao Homem o conhecimento exato do seu valor e do seu papel em face do Universo; é uma ciência porquê não deixa dúvidas quanto ao princípio fundamental da existência de um Deus único como sendo o Supremo Arquiteto de todos os seres e de todas as coisas, imprimindo no homem a noção de respeito pelas forças da natureza onde ele passa a ver, em cada fenômeno que se registra, a presença de Deus (Tupã, Zambi, Olorum). É uma ciência porque encerra um conjunto de conhecimentos profundos a cerca da alquimia, da astrologia, da cabala e das demais forças herméticas e ocultas que em si já constituem uma ciência própria. A Umbanda pode ser também entendida como uma filosofia que, como uma ciência geral dos seres, nos ensina os princípios, os efeitos e as causas de todos os atos humanos com relação à moral, à lógica e a tudo que se relacione com o mundo interior de cada um de nós e com a própria metafísica.

Como religião, a Umbanda ensina o caminho mais simples do homem conseguir se reencontrar com Deus (Tupã, Zambi, Olorum) – a humildade – única vereda pela qual as nossas almas encontrarão a paz, a luz e a Misericórdia Divina. Dentro do lema “Fora da caridade não há salvação” a Umbanda admite o espiritismo em suas reuniões litúrgicas e em seus cerimoniais, através das manifestações e incorporações de Espíritos de Luz, usando roupagens mais singelas e mais simples e que dizem respeito a encarnações nas quais puderam melhor sentir as vicissitudes da vida carnal cheia de sofrimentos e de dores , mas que lhes serviram para aprimorar suas almas e levá-las de volta , após a morte do corpo físico, ao mundo dos Espíritos. Ao dizerem-se Pretos Velhos ou Caboclos, buscam tão somente fazer sentir a nós outros que as pompas e os títulos honoríficos que se conquistam aqui na Terra devem servir tão somente para o nosso prazer material e social, mas que não servem para transpor as barreiras do mundo impenetrável do após túmulo, se não soubermos ser humildes apesar e além de possuí-los .

Possui a Umbanda uma liturgia das mais ricas em cânticos e orações. Temos cerimônias com as quais damos forma exterior aos cultos que praticamos dentro de diversos rituais e ainda um corpo sacerdotal com seus iniciados. É justamente quanto aos rituais que a Umbanda sofre as mutações mais variadas e as influências mais abstratas ou mesmo absurda como conseqüência da infiltração de correntes africanistas ortodoxas e outras oriundas de certos cérebros doentios ou vaidosos que fazem da Umbanda um motivo de expansão aos seus diletantismos . Há certos rituais que fogem por completo ao que a Umbanda tem de mais sublime e, de forma alguma , condiz com os mitos e normas desta religião que é um repositório de secretas tradições, um corpo filosófico doutrinário e uma escola profundamente científica. Apesar de muitos negarem, a Umbanda tem suas raízes no Candomblécismo, no Kardecismo e Catolicismo. Desta forma, o médium tem por obrigação, conhecer os fundamentos básicos desta doutrina, para tornar-se um médium produtivo, desempenhando qualquer incumbência, conhecendo mirongas, consciente de que o verdadeiro umbandista conhece e exerce suas obrigações, respeitando a tudo e a todos.

Mas, afinal, o que é a Umbanda?

A Umbanda é uma doutrina espiritualista como o Espiritismo, o Catolicismo, o Protestantismo, o Judaísmo, o Esoterismo, etc., o que não impede de haver entre elas diferenças essenciais que lhe dão características próprias .É resultante natural da fusão espiritual das raças branca, índia e negra .

Religião

Todo culto religioso, para ser reconhecido, tem que ter sua Liturgia e seus Sacerdotes, bases fundamentais para desenvolver a crença religiosa entre seus adeptos. Tem a Umbanda os seus Sacerdotes e sacerdotisas, com seus graus iniciáticos, como Tatás (com mais de 30 anos), Babalorixás (Homens) e Yalorixás (Mulheres), podendo realizar batizados , casamentos e outras cerimônias dentro de seus cultos. Se religião é todo culto que contém o seu cortejo de Divindade, ou melhor chamado, Teologia (relação entre os deuses e os Homens), o seu cerimonial ou Liturgia (fórmulas consagradas de orações) e seus praticantes ou a sua classificação hierárquica, a Umbanda é uma religião.

Origem da palavra Umbanda

Oriunda do Sânscrito (a mais antiga língua da Terra – raiz mestra dos demais idiomas existentes no mundo), que se pode traduzir por “Deus Ao Nosso Lado” ou ” O Lado de Deus”. Outro significado da palavra:

UM – Deus (único) – Deus , o supremo Espírito;

BANDA – Povo da Terra – grupo ou facção;

A Umbanda fundamenta-se nos seguintes princípios:

É a crença nos espíritos, dando condição aos mesmos de evoluir, sejam de qualquer classe ou ordem, encarnados ou desencarnados. Encarnados: alma; Desencarnados: Espírito propriamente dito Em essência , a Umbanda fundamenta-se nos seguintes pontos básicos :

1 – Na existência de DEUS, Único, Onipotente, Irrepresentável, adorado sob vários nomes (Zambi);

2 – Na crença de um Orixá-maior, denominado de Oxalá;

3 – Na crença de Entidades Espirituais em Plano Superior – os Orixás ou Santos, chefiando falanges;

4 – Na crença de Guias Espirituais, mensageiros dos Orixás ou Santos (Caboclos e Pretos Velhos) ;

5 – Na existência do Espírito, sobrevivendo ao homem, em caminho da evolução, buscando o aperfeiçoamento ( Exus ) ;

6 – Na crença da Reencarnação e na Lei Cármica de Causa e Efeito;

7 – Na prática da Mediunidade, sob as mais variadas representações;

8 – Na afirmação de que as religiões constituem os diversos caminhos da evolução espiritual, que conduzem a Deus ;

9 – Na prática da Caridade Material e Espiritual;

10 – Na necessidade do Ritual , como elemento disciplinador dos trabalhos ;

11 – Na crença de que o Homem vive num campo de Vibrações, que condicionam a sua vida para o bem ou para o mal, conforme sua própria tônica vibratória.

Lei de Umbanda

É autenticamente brasileira, do Ancestral Indígena. Uma religião para todas as classes. A única religião brasileira. Formada pela influência Indígena, Africana e Européia (Catolicismo e Kardecismo). A influência mais antiga (ponte) foi o ritual Indígena do Catimbó. A ele se juntariam posteriormente elementos Africanos, Católicos e Espíritas. Não é uma ramificação do Catolicismo, tampouco do Candomblé ou do Kardecismo. A influência Africana desempenhou papel relevante na formação da Umbanda, da qual se constituiu um dos principais alicerces, dando-lhe, como contribuição primordial, os Orixás. Em sua prática, a Umbanda aproxima-se mais da origem nativa. Na estrutura, porém, prevaleceu a influência africana (nomes, rituais e costumes).

A influência católica também contribuiu em sua grande parte por influência do negro, adotando o reconhecimento da figura de Cristo e o sincretismo dos Orixás aos Santos e os sacramentos

( Batismo, Matrimônio, Confirmações, etc.). A ciência Kardecista, sistema filosófico oposto ao materialismo, que admite o princípio da alma ou do espírito humano com base e ponto de partida das suas afirmações doutrinárias, contribuiu com a doutrina espírita . Caridade, lei resumida em uma só palavra. Não a caridade apenas verbal, mas a caridade real, a caridade dos atos, nos pensamentos , no auxílio ao próximo , no perdão das faltas alheias. Na Umbanda não podem existir as pessoas ambiciosas, vaidosas , mistificadoras, indisciplinadas – afinal , já vimos o que acontece com elas !

A vida de um Umbandista .

Ser umbandista é ser resignado;

Ser umbandista é alterar um conceito e um modo de vida;

Ser umbandista é evitar os costumes e as atitudes que nos afastam da presença de Deus; Ser umbandista é ter dedicação total , é ter aprimoramento contínuo e vigilância duradoura contra as atitudes que nos afastam do bem;

Ser umbandista é ter como meta a caridade, a bondade , a verdade e o amor divino ;

Ser umbandista é ter vontade, ter perseverança para dissipar as controvérsias e dificuldades que tanto nos afastam do caminho justo e luminoso;

Enfim, ser umbandista é ser aplicador das leis de Deus e como Ele será – sem dúvida – apedrejado por injustiças, por ignorâncias, por maledicências; mas, como recompensa, terá a paz e o verdadeiro significado do sentimento do amor e da caridade.

Os verdadeiros caminhos.

Umbanda é fé, amor e carinho;

Umbanda é verdade, compreensão e sabedoria;

Umbanda é sacrifício, luta para o bem, e caridade;

Umbanda é resignação, aprendizado e força de vontade; Umbanda é espiritualismo, leis e revelações inerentes à vontade, de qualquer um; Umbanda é passado, presente e futuro – todos entrelaçados;

Umbanda existe assim como existe Deus, porque são através de Seus ensinamentos que encontramos a nossa razão de viver e existir.

NA GIRA DA TENDA DE UMBANDA CABOCLA MAROLA DO MAR

♥ TRABALHOS REALIZADOS NA A.B.T.U.C.M.M♥

OGUM E POVO D`ÀGUA Descarrego

POMBA GIRA → Atendimento

XANGÔ →  Passes – Logo após, gira de CRIANÇA

PRETO VELHO → Passes, Benzeduras e atendimento

POVO DO ORIENTE →Energização

 CIGANOS Atendimento

­CABOCLO­ Descarrego, Passes e Atendimento

EXÚ → Atendimento

GIRA MISTA Atendimento

 ESTUDO DO EVANGELHO/ UMBANDA Doutrinação e Atendimento a sofredores desencarnados e Passes nos médiuns e assistência.

DIA DA SEMANA DEDICADO AOS ORIXÁS

SEGUNDA-FEIRA → OMULU, OBALUAÊ, ALMAS, PRETO-VELHO E EXÚ

TERÇA FEIRA → OGUM

QUARTA-FEIRA → XANGÔ E INHASSÃ

QUINTA-FEIRA → OXOSSE E OXUM

SEXTA-FEIRA →OXALÁ

SÁBADO → IEMANJÁ E NANÃ

DOMINGO → IBEJADA E TODOS OS ORIXÁS

CALENDÁRIO COMEMORATIVO DOS ORIXÁS

20 DE JANEIRO OXOSSE
02 DE FEVEREIRO IEMANJÁ
23 DE ABRIL OGUM
13 DE MAIO PRETO VELHO
26 DE JULHO NANÃ
16 DE AGOSTO ABALUAÊ
18 DE AGOSTO OMULU
27 DE SETEMBRO IBEJADA
30 DE SETEMBRO XANGÔ
19 DE OUTUBRO CARMENCITA CIGANA
02 DE NOVEMBRO ALMAS
04 DE DEZEMBRO INHASSÃ
08 DE DEZEMBRO OXUM
25 DE DEZEMBRO OXALÁ
31 DE DEZEMBRO HOMENAGEM ESPECIAL À IEMANJÁ

Existe um provérbio chinês que diz: “E melhor acender uma vela do que ficar na escuridão”.

A Umbanda parece carente de união, e, principalmente, de respeito entre as diversas forma doutrinaria existente, ou seja, existe muita escuridão e poucas velas acesas. Alem disso, as poucas que existem tem que suportar um grande esforço para se permanecerem acesas, pois os ventos do medo, da discórdia, da intolerância, da soberba, da inveja e da falta de irmandade, sopram constantemente. A chama da união e do respeito ainda e frágil e depende de nós, tentar acender o maior numero de velas possíveis, manter as que existem acesas e lutar contra a força dos ventos que assolam a nossa Umbanda. Tento muitas vezes passar a limpo alguns pontos de atrito do passado, chegando a conclusão que o tempo e a maturidade são agentes da reflexão e da razão, que a Religião de Umbanda necessita de dialogo, união e respeito diante de sua diversidade e só nessa diversidade, em sua aceitação e valorização, que ela sobreviveu e irá sobreviver. Ninguém é dono da verdade, e cada forma de doutrina existente é importante para manter viva nossa religião. Agradeço a todos que passaram por esta Tenda, pois tenho certeza que transmiti alguns ensinamentos e aprendi também, pois todos, indistintamente, sempre têm algo a nos ensinar. As portas de nossa casa estão sempre abertas à todos que quiserem vir com seus peitos abertos, com amizade em seus corações e com respeito às nossas praticas e manifestações. A Umbanda é um grande rio cristalino que irriga varias terras, cada uma tem sua importância e sua razão de ser, a importância de cada terra não e ser mais rica ou mais produtiva que as outras, mas gerar bons frutos para alimentar e fortificar aqueles que nelas se encontram.

A intenção do presente Cartilha, não parte em absoluto da simples vontade de ensinar algo, mas sim, do desejo de ser útil, transcrevendo as observações e aprendizados efetuados durante anos de peregrinações, prática e de pesquisas. Quanto mais se estuda um assunto, seja qual for, aprendemos mais na razão direta de quanto mais nos aprofundarmos no mesmo. Tenha em mente de que a Umbanda é rica em diversidade, culto, ritual. Cada Terreiro segue sua linha de trabalho. A presente Cartilha, ( que estará sempre sujeita à mudanças) reflete o trabalho que é realizado na Associação Beneficente Tenda de Umbanda Cabocla Marola do Mar.

“A Umbanda é forte, pois é diversa, plural. Porém, é sábia em fazer com que cada indivíduo possa achar um tipo de Umbanda que mais o complete; então, ela também sabe ser singular.
E é essa diversidade, esse misto entre o plural e o singular que fazem da Umbanda uma grande religião, algo ilimitado, divino, místico e até profano. Etiene Sales

Existe um provérbio chinês que diz: “E melhor acender uma vela do que ficar na escuridão”.

A Umbanda parece carente de união, e, principalmente, de respeito entre as diversas forma doutrinaria existente, ou seja, existe muita escuridão e poucas velas acesas. Alem disso, as poucas que existem tem que suportar um grande esforço para se permanecerem acesas, pois os ventos do medo, da discórdia, da intolerância, da soberba, da inveja e da falta de irmandade, sopram constantemente. A chama da união e do respeito ainda e frágil e depende de nós, tentar acender o maior numero de velas possíveis, manter as que existem acesas e lutar contra a força dos ventos que assolam a nossa Umbanda. Tento muitas vezes passar a limpo alguns pontos de atrito do passado, chegando a conclusão que o tempo e a maturidade são agentes da reflexão e da razão, que a Religião de Umbanda necessita de dialogo, união e respeito diante de sua diversidade e só nessa diversidade, em sua aceitação e valorização, que ela sobreviveu e irá sobreviver. Ninguém é dono da verdade, e cada forma de doutrina existente é importante para manter viva nossa religião. Agradeço a todos que passaram por esta Tenda, pois tenho certeza que transmiti alguns ensinamentos e aprendi também, pois todos, indistintamente, sempre têm algo a nos ensinar. As portas de nossa casa estão sempre abertas à todos que quiserem vir com seus peitos abertos, com amizade em seus corações e com respeito às nossas praticas e manifestações. A Umbanda é um grande rio cristalino que irriga varias terras, cada uma tem sua importância e sua razão de ser, a importância de cada terra não e ser mais rica ou mais produtiva que as outras, mas gerar bons frutos para alimentar e fortificar aqueles que nelas se encontram.

SAUDAÇÕES AOS ORIXÁS

Ao adentrar-se o terreiro, primeiramente deve-se saber quem é o patrono da casa, de acordo com o Orixá Chefe da tenda ou com os trabalhos que estão desenvolvendo, a saudação é a seguinte:

Oxalá – Exê Babá – Benção, Salve.

Iemanjá – odolfiaba, adoiá , doce iaba.

Xangô – Caô cabe Silê.

Ogum – ogunhê.

Oxosse – okê Caboclo.

Pretos Velhos – saravá – aruê meu povo.

Inhassã – eh parrei oiá.

Oxum – aiê ieu Oxum. Ora ieie o

Abaluaê -atotô.

Almas – adoriê – salve as almas santas benditas.

Ciganos – Opcha, saravá, eia.

Oriente – Namastê.

Pomba – Gira – laroiê Bomba Gira.

Exú – Exú mogibá – Salve a sua banda.

Saravá é um termo genérico usado para todos, assim como a expressão “salve as suas forças”.

BEBIDAS DOS ORIXÁS

Oxalá – mel, água, leite.

Ciganos – rum, conhaque, tequila, suco de frutas.

Iemanjá – licores em geral e champanhe.

Ogum – cerveja amarela.

Oxossi – vinho tinto, suco ou curiado de sua escolha.

Xangô – cerveja preta.

Erês – refrigerantes e suco.

Marinheiros e Exús – qualquer bebida alcóolica da preferência deles.

Pomba Gira – champanhe, martini ou a bebida que ela pedir.

Pretos Velhos – vinho tinto ou café sem açúcar.

CORES DAS LINHAS

Oxalá – branca.

Iemanjá – azul claro.

Xangô – marron

Oxum – azul escuro.

Oxossi – verde

Preto Velho – branca e preta

Erês – rosa e azul.

Inhassã – amarela.

Nanã Buruquê – roxa

Omulu – preta, branca e roxa.

Exú – preta e vermelha.

Oxumaré – verde e amarela

Oriente – amarela, vermelha, branca.

As cores representam vibrações correspondente a cada linha. Assim, tanto nas guias (colares), quanto nas velas, usa-se a cor da linha a que pertence o Guia Protetor e o Guia de frente do Chefe do terreiro.

GUIAS E SEUS TRABALHOS

                Quando os Guias se incorporam nos “aparelhos” o fazem visando algum trabalho ou missão de caridade. Vamos falar um pouco deles:

CABOCLOS: A linha, chamada de Oxossi, por sincretismo e adaptação ou inovação aos cultos afros, é constituída de índios, geralmente brasileiros. Há uma infinidade deles. Quando nos terreiros, seus trabalhos são de desenvolvimento de mediunidade, descarga dos filhos, passes, conselhos, curas através de ervas, orientações, limpeza da aura dos consulentes, desobsessões, etc. São entidades autoritárias, enérgicas e às vezes intolerantes. Usam charutos, arcos, flechas, penachos e objetos próprios dos indígenas.

PRETOS VELHOS: constituída de escravos que desencarnaram no tempo da escravidão, a linha de Preto Velho caracteriza-se pela simplicidade, bondade, paciência e tolerância. Apresentam-se normalmente, curvados, capengando, como se os anos lhes pesassem no corpo. Seus trabalhos consistem em conselhos espirituais, materiais, psicológicos, curas através de ervas, passes, limpeza da aura do consulente, resolução de problemas. Vêm com os nomes que tinham quando vivos. Usam cachimbo, palheiro, fumos, velas, defumadores, aguardentes, vinhos, bengala, banquinhos, colares, rosários, etc.

CRIANÇAS: a linha de ibejada vêm aos terreiros para recordarem a infância e fazer toda a sorte de traquinagens. Gostam de doces, refrigerantes, brinquedos, próprios das crianças. Descem nos terreiros simbolizando a pureza, a inocência e a singeleza. Seus trabalhos se resumem em brincadeiras e divertimentos. Podem-se-lhes pedir ajuda para os nossos filhos, resolução de problemas, fazer confidências, mexericos, mas nunca para o mal, pois eles não atendem pedidos dessa natureza. Quando baixam, são usados flores, brinquedos, velas e guloseimas.

MARINHEIROS: da linha do Povo D’água ou de Iemanjá, geralmente baixam para beber e brincar, podem-lhe ser pedidos coisas simples. Não é muito aconselhável a incorporação dessas entidades, devido a quantidade de bebida que ingerem. Com doutrinação e proibição, porém, eles não bebem em excesso.

BAIANOS: descem para trabalho de desenvolvimento, orientação, curas, conselhos, desmanche de trabalhos de magia negra e outros.

BOIADEIROS: incorporam somente para permanecerem um pouco na terra. Algumas tendas lhes dão pequenos trabalhos para realizarem.

POVO D’ÁGUA: entidades encarregadas da limpeza e descarga fluídicas astral dos filhos de fé, dos terreiros ou lares. Ajudam muito em problemas relativos a casamento.

OGUM: são caciques guerreiros ou soldados. Sérios, enérgicos, muito utilizados para demanda pesada com Exú, trabalhos de desenvolvimentos, desobsessões, curas, conselhos, orientações, desmanche de magia negra e conselhos profissionais.

EXÚ: o Exú é tido como um espírito impuro, perverso, que só gosta de fazer o mal, entretanto para desmanchar um trabalho de magia, temos que chamar quem entende de magia, portanto, ele pode fazer o bem. Doutrinado é de grande eficácia para o Terreiro, pois conhecendo bastante a magia, é empregado para demandar com outros a fim de desmanchar trabalhos de quimbanda. Trata-se de uma força de esquerda usada para equilíbrio vibratório de um trabalho. Quando vêm ao terreiro, usa pemba, vela, pólvora, ponteiro, aguardente, charuto e outros.

POMBA GIRA: mulher de Exú, ou Exú mulher. Popularíssima e muito solicitada para trabalhos das mais diversas finalidade. Espíritos alegres, vaidosos, ambiciosos, muitas vezes falsos, traiçoeiros, brejeiros e sensual. Gostam de bons cigarros, bebidas finas, jóias, bijuterias, flores, belos vestidos, presentes e outros. Usam de tudo em seus trabalhos, pemba, ponteiro, flores, cigarros, etc.

CIGANOS: espíritos pouco chamados nas Tendas, trabalham principalmente na área de cartomancia, quiromancia e outros. Sabem muitas magias e simpatias, ajudam nos mais variados problemas. São muitas vezes confundidos com Exú e Pomba Gira, mas na realidade esta confusão se dá pelo desconhecimento da maioria dos filhos de fé. São espíritos alegres, festeiros, gostam de danças e canto, presentes e outros. Não gostam de trabalhar de graça, por isso é aconselhável lhes dar um presente ou uma moeda.

Como podemos observar, a Umbanda difere totalmente dos cultos afros, embora tenha hoje ramos oriundos daquele continente. Na Umbanda, o ato é mais prático e objetivo: o filho de fé fala pessoalmente com os Guias, obtendo deles a resposta ou a solução do problema que o levou ao terreiro.

Os escravos trouxeram uma rica bagagem teogônica (conjunto de deuses) do continente de origem. Cada um deles rege um fenômeno meteorológico ou natural, onde atua em consonância à sua aura vibratória. Diferem pouco de nação para nação, quase imperceptível, já que aqui se misturaram; mas suas entidades são mais ou menos as seguintes:

OLORUM (nagô) – ZAMBI (banto) Deus supremo do céu (Obatalá) e da terra ( odudua). Para ele não há culto. É homenageado através de orixás secundários.

OXALÁ – com duas divisões oxalufã e oxaguiã, ou seja, deus velho e deus moço, o maior de todos os Orixás. É deus branco e segundo a crença, durante seis meses é do sexo masculino e nos outros seis, feminino. A ele cabe as manifestações de religiosidade em geral, as ciências, as artes e o evangelho ou doutrina moral por excelência.

IEMANJÁ – rainha dos oceanos, mares e águas salgadas, protetora dos marinheiros, dos pescadores, dos peixes, da flora marítima, das viagens por mar e do casamento, as mais velha dos orixás; conta para auxiliá-la com outras entidades femininas: as sereias, ondinas, ninfas, náiades espíritos aquáticos. Em algumas nações existe também OLOKUM , que para os iorubanos é o deus do mar.

XANGÔ – orixá da justiça e também dos raios, relâmpagos, trovões e tempestades; com domínio também sobre as pedras e pedreiras; possui três esposas que o auxiliam.

OGUM – deus da guerra, das demandas, do embate físico, das disputas materiais e espirituais, do aço, do ferro, do fogo, da espada e das armas bélicas.

OXOSSE – orixá das matas, florestas e bosques, protetor dos caçadores, da fauna e da flora vegetal. Guia através das matas a quem se acha perdido.

IBEJI OU IBEJADA – deus gêmeo, protetor das crianças em gral, chamado também de ERÊ, dos brinquedos e das diversões infantis.

OXUM – deusa dos rios, lagos, cachoeiras, córregos e da água doce.

OMULU – orixá das doenças, das pestes, e das epidemias, médico procurado para curar moléstias tidas como incuráveis.

INHASSÃ – uma das esposas de Xangô, deusa dos ventos, raios, coriscos e tempestades. Algumas nações tem-na como guarda dos eguns nos cemitérios.

NANÃ BURUQUÊ – uma deusa velha, já avó, ranzinza, simbolizando, na nação iorubana, a chuva e atuando também nos rios e ribeirões.

OXUM MARÉ – segundo algumas nações é um deus hermafrodita. Seis meses do sexo masculino e seis meses do feminino. É o que sustenta o planeta terra e tem como representação o arco-íris. Em algumas nações, julgava-se fosse ele quem formava a chuva, chupando a água dos rios através do arco-íris e levando-a até as nuvens, de onde caia sobre a terra.

OSSÃE – deusa das folhas, dos frutos e dos brotos das árvores, regulando o seu emprego medicinal.

OBÁ – uma das três esposas de Xangô, juntamente com Inhassã.

EXÚ- é o orixá dono de todas as encruzilhadas, lugares ocultos e perigosos. Em algumas nações era um espírito neutro o cobrador de dívidas cármicas ou pecados. Em outras, era o mensageiro dos orixás. Nós acreditamos que Exú é o amigo que nos socorre quando somos atacados por forças maléficas, desmanchando e protegendo-nos contra trabalhos de magia negra.

BOMBOGIRA OU POMBA-GIRA– Exú mulher ou mulher de Exú. Para os leigos, mulheres da vida que perturbam os casamentos, para nós, espíritos extremamente feminino, disposto a nos ajudar em nossas dificuldades emocionais, sentimentais e muitos outros problemas, até mesmo sexuais.

Eis em síntese os principais orixás do panteão africano ou teogonia iorubana (jeje – nagô) e Banto ( Congo, Angola e Moçambique), os dois cultos que efetivamente impuseram suas filosofias as outras nações: Mina, Malê, etc.

GUIAS E PROTETORES DA UMBANDA

Os médiuns de Umbanda, embora mantendo nomes de Orixás em seus cultos ou rituais, sem dúvida alguma não trabalham com eles, isto é, não se deixam envolver em suas vibrações, mas incorporando Guias e protetores que são espíritos que estiveram encarnados na terra. Aí a diferença básica entre a Umbanda e o Candomblé ou cultos de Nações, como são vulgarmente chamados.

GUIAS UMBANDISTAS

CABOCLOS: espíritos de índios e mestiços, notadamente os das tribos Tupi-Guarani; são silvícolas brasileiros que viveram antes e depois da descoberta do Brasil. Há certa analogia com Oxossi, orixá africano, dadas as características de ambientes: MATAS

PRETOS VELHOS: Espíritos de negros e negras que morreram à época do cativeiro.

ERES: Espíritos que mantém o psiquismo infantil e crianças brancas, negras e índias que morreram em tenra idade.

BAIANOS: Espíritos que quando encarnados, habitavam a Bahia ou nordeste do Brasil.

MARINHEIROS: pessoal que morreu nos mares ou eram marinheiros.

BOIADEIROS: Vaqueiros que trabalhavam nos sítios e fazendas, aí morrendo.

CIGANOS: Espíritos de ciganos, pertencentes as mais variadas tribos, que querem difundir suas crenças e costumes.

POVO D AGUA: Espíritos ainda envoltos em mistérios, pois raramente falam e emitem um canto triste e mavioso.

EXÚS: Entidade muito controvertida, uns acham que só trabalham para o mal. Não é verdade. Eles têm um senso de justiça muito apurado conhecem a magia e a usam bem. Tanto fazem o mal, como podem fazer o bem, depende muito da direção que o médium dá a essas entidades.

QUIUMBAS OU RABOS DE ENCRUZA: muitas vezes confundidos com Exú, são espíritos malfeitores, ladrões, bêbados que só fazem o mal e obsedam criaturas. São almas errantes, com a condição de serem maldosos.

EGUNS: espíritos de gente comum, tidas como sofredores, levianos, zombeteiros ou perturbados que não aceitaram ou não perceberam ainda a condição de falecidos e que se encostam a encarnados, transmitindo-lhes suas dores, idéias, doenças, sofrimentos físicos e morais que os vitimaram, vícios e outras perturbações, sem, entretanto, terem conhecimento disso. Normalmente depois de doutrinados e orientados, deixam a pessoa em paz e procuram o seu próprio crescimento espiritual, vindo, muitas vezes a auxiliar a própria pessoa que antes obsedavam.

NA TENDA DA CABOCLA MAROLA DO MAR 

Chefe do Terreiro ( Eldeni) batendo a cabeça (Foto retirada do livro “ Com a Bandeira de Oxalá de Cristiana Tramonte)

Nosso ritual é Ameríndios com fundamentos Esotéricos.

O que isto significa?

Significa que nossos trabalhos se pautam pelo ritual Ameríndios que consiste na fusão de conhecimentos dos negros africanos com índios brasileiros. Os fundamentos esotéricos, vem da mudança que a Chefe do terreiro adotou, visando fortalecer e harmonizar as energias das giras.

Como faço para participar dos trabalhos?

Como freqüentador você tem a liberdade de assistir a maioria dos trabalhos que são realizados semanalmente no terreiro. As sessões estão abertas a todos, seja para somente conhecer nossos trabalhos; ou para tomar passes, ou ainda conversar com as Entidades, bastando apenas retirar a ficha e aguardar sua vez.

Você pode contribuir para a manutenção da nossa Associação, tornando-se sócio contribuinte.

Como médium visitante, se você quiser trabalhar com suas Entidades, há a necessidade de avisar antes do início dos trabalhos. Evite entrar no terreiro sem nos avisar e ficar sentado no banco da assistência, pois se durante os trabalhos sua Entidade incorporar, trará transtornos para o nosso trabalho, interrompendo a concentração e a harmonia; além de expor os demais freqüentadores ao risco de se machucarem com sua movimentação.

Como médium que deseja fazer parte do Corpo Mediúnico do Terreiro você precisa em primeiro lugar falar com a chefe do terreiro e expor seu interesse. Você receberá as normas e regras do terreiro para ler com calma. Você assistirá no mínimo três giras diferente.

Se depois destes procedimentos você estiver mesmo decidido a participar dos trabalhos, deverá providenciar o uniforme branco, a Guia de Anjo de Guarda, e as ervas para o banho de descarga. E conversar com o Caboclo Lírio Branco, solicitando a ele a permissão para participar das giras.

Antes de todos os trabalhos você deverá tomar banho de descarga, ao chegar no terreiro acenda sua vela de Anjo de Guarda e faça suas orações, procurando entrar em sintonia com as Entidades que irão trabalhar.

Inicialmente você apenas fará parte da corrente mediúnica, procurando familiarizar-se com o ritual, após algumas giras, você será colocado na “roda”, ou seja, irá iniciar o seu desenvolvimento mediúnico. Você deverá bater sua cabeça no altar, dirigir-se para a firmeza do terreiro, ficar de pé, bem relaxado, procurando limpar a mente e se concentrando em um mar tranqüilo, um jardim florido, riachos, cachoeira ou qualquer outro elemento da natureza que te traga paz e tranqüilidade, a fim de facilitar a incorporação de seu Guia.

Os demais médiuns firmarão o ponto de desenvolvimento e cuidarão para que você não se machuque.

Este último procedimento se repetirá, até que o seu Guia de Frente, mostre a Linha a que pertence. Somente então será puxados os pontos da linha da Entidade.

O desenvolvimento durará até o Guia de Frente Cantar e Riscar o Ponto de Identificação dele. Somente após a confirmação do ponto pelo Caboclo Lírio Branco é que você dará espaço para que venham as Entidades das outras linhas e passará a prestar atendimento ao público.

Além de atender o público fazendo a caridade, o médium passará, no seu devido tempo, por diversas preparações e preceitos.

PREPARAÇÕES DO MÉDIUM DA ABTUCMM

OTÁ

Primeira preparação, realizada pelo Caboclo Lírio Branco;  o médium providencia um vidro, e caminha até a cachoeira localizada próxima ao terreiro, no caminho o médium limpa a mente de toda e qualquer preocupação mundana, eleva seu pensamento a Deus a pede para as forças da natureza o orientarem. Entra no rio, procura uma pedra, procurando sentir sua energia, ao encontrar uma que se harmonize com ele, peça licença à mãe natureza, retire a pedra do rio e coloque dentro do vidro com um pouco da água do rio, volta para o terreiro, e deposita o vidro no altar.

AMACÍ

Preparação a ser feita enquanto o médium está em desenvolvimento. É a segunda preparação que se faz em um filho de fé.

MATERIAL

alguidar

pemba branca

toalha branca virgem

defumador

Ervas para o preparo do amací. O amací pode ser feito com a erva do Guia do médium, ou com uma mistura de sete ervas. Fica ao critério do chefe do Terreiro.

O preparo do amací é feito pelo chefe do Terreiro, quando houver um Cambone Rei, este é quem preparará o amaci, seguindo orientação do chefe da Banda. A defumação tem que ser bem forte. De preferência feita com ervas secas.

Após o amací o médium deve ficar sete dias sem lavar o cabelo e de preceito. O preceito consiste em: não ingerir bebidas alcoólicas, evitar relações sexuais, não pegar nem sol nem sereno na cabeça e procurar elevar seus pensamentos a Deus e aos seus Guias.

O amací tem a finalidade de aproximar o Guia de Frente ao médium, é um preparo espiritual muito importante, pois o Guia de Frente do médium trabalha no Astral durante os sete dias, procurando harmonizar seus fluídos com o do seu filho, fortalecendo a coroa do médium. Daí o fato de cumprir rigorosamente o preceito para que o trabalho tenha êxito.

CRUZAMENTO

Terceira preparação do Filho de Fé. Só pode ser feita, após o Guia de Frente ter dado o seu ponto riscado e cantado.

MATERIAL

Roupa virgem branca

Pemba da cor do Guia de Frente,

tábua

ponteiro

Fitas (sete cores)

Velas (sete cores)

Defumador (do Guia de Frente do Chefe do Terreiro e do Guia de Frente do médium).

O cruzamento tem a finalidade de preparar o médium para ser Chefe de Terreiro. Como o próprio nome diz, cruza o Guia de Frente do Médium com as demais Entidades do Médium, bem como com as Entidades da Banda onde o médium pertence. Após o cruzamento, o médium deve cumprir o preceito por sete dias.

BATISMO

Quarta preparação do médium. Continuando a preparação para Chefe de Terreiro, o Batismo é um ato simbólico, significando o batismo do médium de Umbanda.

Após o Batismo, o médium passa a ser um Pai ou Mãe pequeno, mudando sua maneira de bater a cabeça e sua posição na Banda, recebendo também um tratamento parecido com o do chefe do Terreiro.

Sete dias antes do batismo o médium acenderá uma vela de sete dias no terreiro e fará todas as oferendas no reino de cada Orixá.

O Batismo acontece quando o médium, após ter feito o amací e o cruzamento, tendo já firmeza com todos os seus Guias, trabalhando com entidades das 7 (sete) linhas, deseja ser Pai Pequeno ou Mãe Pequena.

O Pai ou Mãe pequeno pode abrir o seu próprio Centro de Umbanda e desenvolver filhos de fé, entretanto a única preparação que ele pode fazer nos médiuns é o amací, as demais preparações ele terá que levar para o seu Pai ou Mãe de Santo fazer, ou ele mesmo terminar sua preparação, se coroando Pai ou Mãe de Santo, ficando assim, apto para preparar seus próprios filhos de fé.

Até o Batismo, o médium se quiser, pode abandonar a Umbanda, após o batismo ele não deve jamais afastar-se dos trabalhos mediúnicos, sob pena de ter sérios problemas de ordem material e espiritual.

O Batismo é o compromisso que o médium assume consigo mesmo, com seus Guias e com as pessoas que o procuram para serem ajudadas. O médium só deve fazer o Batismo se estiver certo do que quer, pois é um passo muito importante e deve ser feito com convicção, fé e amor. Ao ser batizado na Umbanda, o médium se liga com o Astral, ficando assim comprometido até o fim de sua vida material.

MATERIAL

Roupa virgem da cor do Guia de Frente;

Defumador do Guia do Chefe do Terreiro e do Guia de Frente do médium;

01 tábua;

01 ponteiro;

03 pembas, 01 (uma) da cor do Guia do Chefe do Terreiro, 01 (uma ) da cor do Guia de Frente do médium e uma branca (de Oxalá).

07 velas uma para cada linha.

Convidar padrinhos materiais; a madrinha deve dar de presente ao afilhado um cordão da cor do Guia de Frente, pois é ela que irá declarar (simbolicamente) que o médium passa a ser um Pai pequeno ou Mãe pequena. e uma vela de batismo. O padrinho deve ter nas mãos uma vela de batismo e uma espada de São Jorge com um laço de fita do cor do Guia de frente do médium;

Padrinhos Espirituais. Podem estar incorporados ou não.

O médium deve escrever um texto, falando da Umbanda e das Entidades que compartilham com ele esses momentos tão importantes.

Uma semana antes do batismo o médium deverá acender uma vela de 7 (sete) dias para o seu Guia de Frente e começar a fazer as oferendas.

OFERENDAS

Xangô – cachoeira Þ 01 vela marrom, 01 charuto e 01 cerveja preta.

Caboclo – Mata Þ 01 vela verde, 01 charuto e frutas. Antes de entrar nas matas o médium deve oferecer um pedaço de fumo de corda e uma vela branca para OBA a dona das matas.

Povo D àgua-Mar Þ 01 vela azul, 01 rosa branca e 01 champanhe

Erê – Jardim Þ 01 vela cor de rosa e um prato de doces.

Preto Velho – Engenho, canavial ou plantação de café Þ 01 vela branca e preta, fumo e vinho.

Ogum – Dique, estrada de ferro ou mar Þ 01 vela vermelha e branca, 01 charuto e cerveja amarela.

Oxalá – No Centro Þ 01 vela branca e um copo de água mineral.

Exú – encruzilhada, cemitério, tranqueira ou encruza –

EBÒ PARA EXÙ

01 peito de frango assado, farofa feita com azeite de dendê, vela preta e vermelha, cigarro ou charuto, rosas vermelhas (se for Pomba-Gira), vela de magia, um prato de barro, vela branca e uma bebida de boa qualidade.

Este Ebó deverá ser entregue no reino do Exú.

o médium deve cumprir o preceito por quatorze dias.

GRANDE LAVAGEM

Quinta preparação do Filho de Fé, só poderá ser feita se o médium tiver todos os Guias com Ponto Riscado e Cantado e após sete anos como Pai Ou Mãe Pequeno.

MATERIAL

águas: trovoada, chuva, rio, cachoeira, mar, dique e benta.

Sete toalhas bordadas ou pintadas, uma para cada Orixá

Sete socas de milho com a palha

Sete pedaços de fita, uma de cada cor do Orixá.

Sete alguidar

Sete pembas

Sete taboas

Sete ponteiros

Sete caixas de defumador

Sete velas de 7 dias

Vela preta e vermelha de sete dias e preparar o Ebó para o Exú com vela de magia.

O chefe de terreiro prepara todo o material para a cerimônia da lavagem de cabeça do médium.

COROAÇÃO

Última preparação do médium pelo Chefe de Terreiro. A coroação é feita no último dia do retiro espiritual. Após o preceito da grande lavagem o médium se retira por sete dias no sétimo dia é feita a coroação do médium como Chefe de Terreiro.

O retiro espiritual será coordenado pelo Chefe do Terreiro, juntamente com um Cambone.

MATERIAL

Retiro espiritual por sete dias, no terreiro.

Roupa de cama toda branca.

Toalha de rosto e banho da cor do Guia de Frente ou branca.

7 caixas de defumador

Sete pacotes de vela um de cada cor.

Comida de santo para sete dias.

Coroa (confeccionada de acordo com o gosto do médium) para o Guia de Frente.

Roupa Social para o Guia de Frente

Roupa para cada Guia com o ponto bordado ou pintado.

flores

Galhos verde

O preceito é de vinte e um dias.

O médium deve oferecer um coquetel para seus convidados.

Durante a preparação da grande lavagem e da coroação, o Chefe do Terreiro passará ao seu Filho de Fé e futuro Chefe de Terreiro os “segredos da Umbanda”.

A Coroação é feita pelo Guia de Frente do Chefe do Terreiro.

Todas as preparações serão sempre no mês de Fevereiro. 

ABERTURA DOS TRABALHOS

Saravá Zambi!

Saravá Pai Oxalá!

Saravá Umbanda!

Eu abro a nossa gira de Umbanda, em nome de Mãe Iemanjá

E salve o sol, e salve a luz, salve os filhos de uma fé pura (bis).

Ogum me fecha os caminhos dos filhos inimigos de Umbanda (bis)

Santo Antônio me fecha a porteira,

São Benedito me abra o terreiro (bis).

Bate cabeça filhos de Umbanda, salve Oxalá e a sua Banda… (bis)

Nossa Senhora defuma seu altar, que é para o mal sair e o bem entrar.

Também defuma seus filhos de fé, que é para o mal sair e o bem entrar. (bis)

Saravá Ogum!

Eu tenho sete espadas que me acompanham eu quero Ogum em minha companhia(bis)

Ogum é meu pai, Ogum é meu Guia, Ogum vai baixar

Na fé de Deus e da Virgem Maria.

Saravá Exú!

Exú, que tem duas cabeças, ele olha sua banda com fé (bis)

A dele é de maioral de Quimbanda, a nossa é de Jesus Nazaré (bis).

Saravá Pomba Gira!

Pomba Gira é uma moça bonita, se veste com a roupa que quer (bis)

Ela é mulher de Quimbanda, rainha de luz e fé. (bis)

Saravá Xangô!

Em cima daquela pedreiro tem um lírio que é de Xangô (bis)

Xangô Caô, Caô, cabecilê

Xangô de Agodô.

Saravá Caboclos!

Oxossi é caçador eu gosto de ver caçar (bis).

De dia ele caça nas matas, a noite ele caça no mar (bis).

Saravá Crianças!

Três estrelinhas todas as três em carreirinhas (bis)

Uma é minha, outra é sua, outra é da Mariazinha. (bis)

Saravá o Povo do Mar, dos Rios e das Cachoeiras!

Saravá conchinhas de prata, saravá Deus Pai e Oxalá.

Saravá nossa Mãe Sereia, saravá os Caboclos das Ondas do mar (bis).

Saravá Pretos e Pretas Velhas.

Os Pretos Velhos quando estavam na senzala, usavam sua bengala

prá modi se alevantar.

Os Pretos Velhos agora ficam sentados

Com a cruz sempre ao seu lado para os filhos ajudar.

E na aruanda, e na aruanda os Pretos Velhos continuam a rezar. (bis)

Saravá as Almas Santas Benditas!

Quem caminha com as almas, caminha devagarzinho (bis)

É devagar, é devagarzinho quem caminha com as almas não se perde no caminho (bis).

Saravá Ciganos!

Que bando é este?

É um bando de ciganos (BIS)

Caravana, caravana

Caravana de ciganos (BIS)

Saravá Povo do Oriente!

O oriente nos deu,

Um povo sábio e trabalhador (bis)

Venha meu povo que a Umbanda lhe chamou (bis)

Saravá nosso Pai Oxalá!

Oxalá é nosso Pai, Oxalá é nosso Rei, vamos abrir os trabalhos dentro da sua lei (bis).

Oxalá é nosso Guia, nosso Chefe e Protetor, abençoe todos os filhos

Aliviando a sua dor. (bis).

PRECE

Por todos os filhos que se encontram nas prisões, asilos e manicômios.

Por todo aqueles que se encontram caídos nas sarjetas, pedimos ao nosso Pai Oxalá que derrame sobre os mesmos, seu perdão, sua proteção e sua bênção.

Na proteção de todos os Guias a quem saudamos, pedimos maleime pelos nossos atos voluntários e involuntários e damos por abertos os trabalhos de hoje.

ENCERRAMENTO DOS TRABALHOS

Agradecimento…

Ogum me fecha os caminhos dos filhos inimigos de Umbanda (bis).

Santo Antônio me abre a porteira.

São Benedito me fecha o terreiro.

Bate cabeça filhos de Umbanda, salve Oxalá e a sua Banda.

Encerro a nossa Gira de Umbanda, em nome de mãe Iemanjá e salve o sol e salve a luz, salve os filhos de uma fé pura.

ABERTURA

Saravá Zambi!

Saravá Pai Oxalá!

Saravá Umbanda!

Auê, Auê Babá eu vou abri meu caricó (bis)

Vou pedir licença à Zambi para abri meu caricó.

E é na fé de Exú

Eu vou abrir meu caricó.

Auê, Auê Babá eu vou abri meu caricó (bis)

Vou pedir licença à Zambi para abri meu caricó.

E é na fé da Pomba Gira.

Eu vou abrir meu caricó

Auê, Auê Babá eu vou abri meu caricó (bis)

Vou pedir licença à Zambi para abri meu caricó.

E é na fé de Ogum.

Eu vou abrir meu caricó

Auê, Auê Babá eu vou abri meu caricó (bis)

Vou pedir licença à Zambi para abri meu caricó.

E é na fé do Povo d’água.

Eu vou abrir meu caricó

Auê, Auê Babá eu vou abri meu caricó (bis)

Vou pedir licença à Zambi para abri meu caricó.

E é na fé de Xangô.

Eu vou abrir meu caricó

Auê, Auê Babá eu vou abri meu caricó (bis)

Vou pedir licença à Zambi para abri meu caricó.

E é na fé de Oxossi.

Eu vou abrir meu caricó

Auê, Auê Babá eu vou abri meu caricó (bis)

Vou pedir licença à Zambi para abri meu caricó.

E é na fé de Ibejada.

Eu vou abrir meu caricó

Auê, Auê Babá eu vou abri meu caricó (bis)

Vou pedir licença à Zambi para abri meu caricó.

E é na fé dos Pretos Velhos

Eu vou abrir meu caricó

Auê, Auê Babá eu vou abri meu caricó (bis)

Vou pedir licença à Zambi para abri meu caricó.

E é na fé das Santas Almas

Auê, Auê Babá eu vou abri meu caricó (bis)

Vou pedir licença à Zambi para abri meu caricó.

Auê, Auê Babá eu vou abri meu caricó (bis)

Vou pedir licença à Zambi para abri meu caricó.

E é na fé do Povo do Oriente

Eu vou abrir meu caricó

Auê, Auê Babá eu vou abri meu caricó (bis)

Vou pedir licença à Zambi para abri meu caricó.

E é na fé de Oxalá

Eu vou abrir meu caricó

PRECE

Por todos os filhos que se encontram nas prisões, asilos e manicômios.

Por todo aqueles que se encontram caídos nas sarjetas, pedimos ao nosso Pai Oxalá que derrame sobre os mesmos, seu perdão, sua proteção e sua bênção.

Na proteção de todos os Guias a quem saudamos, pedimos maleime pelos nossos atos voluntários e involuntários e damos por abertos os trabalhos de hoje.

ABERTURA

Saravá Zambi!

Saravá Pai Oxalá!

Saravá Umbanda!

Eu abro a nossa gira de Umbanda, em nome de Mãe Iemanjá

E salve o sol, e salve a luz, salve os filhos de uma fé pura (bis).

Ogum me fecha os caminhos dos filhos inimigos de Umbanda (bis)

Santo Antônio me fecha a porteira,

São Benedito me abra o terreiro (bis).

Bate cabeça filhos de Umbanda, salve Oxalá e a sua Banda… (bis)

Nossa Senhora encensou seus amados filhos para deles todo mal retirar, ô dá licença minha aldeia de Caboclos para o mal sair e o bem entrar (bis).

Saravá Exú!

Exú, que tem duas cabeças, ele olha sua banda com fé (bis)

A dele é de maioral de Quimbanda, a nossa é de Jesus Nazaré (bis).

Saravá Pomba Gira!

Pomba Gira parangolê, como é a Pomba Gira

E ela gira no seu gongá. Como é a Pomba Gira!

Abrimos a nossa gira, pedimos de coração, ao nosso Pai Oxalá.

Para cumprir nossa missão.

Santo Antônio que és de ouro fino suspende a bandeira e vamos trabalhar.

Começar nossos trabalhos, nós pedimos a proteção a Deus Pai todo poderoso

E a mãe da Conceição. Baixou, baixou, a Virgem da Conceição.

Ó Maria Imaculada para tirar as perturbações.

Se tiveres praga de alguém, desde já seja retirado.

Levando para o mar a dentro, para as ondas do mar sagrado.

Quem vem, quem vem lá de tão longe?

Lá de tão longe?

São os Guias que vem trabalhar.

Ai dai – me forças pelo amor de Deus meu Pai.

Ai daí – me forças nos trabalhos meus.

Oxalá meu Pai

Tenha pena de nós, tenha dó.

Se a volta do mundo é grande, seu poder é ainda maior (bis).

Saravá Ogum!

Saravá Xangô!

Saravá Caboclos!

Saravá Crianças!

Saravá o Povo do Mar, dos Rios e das Cachoeiras!

Saravá Pretos e Pretas Velhas!

Saravá Minhas Almas Santas Benditas!

Saravá Ciganos!

Saravá o Povo do Oriente!

Saravá Nosso Pai Oxalá!

PRECE

Por todos os filhos que se encontram nas prisões, asilos e manicômios.

Por todo aqueles que se encontram caídos nas sarjetas, pedimos ao nosso Pai Oxalá que derrame sobre os mesmos, seu perdão, sua proteção e sua bênção.

Na proteção de todos os Guias a quem saudamos, pedimos maleime pelos nossos atos voluntários e involuntários e damos por abertos os trabalhos de hoje.

ENCERRAMENTO DOS TRABALHOS

Agradecimento…

Ogum me fecha os caminhos dos filhos inimigos de Umbanda (bis).

Santo Antônio me abre a porteira.

São Benedito me fecha o terreiro.

Bate cabeça filhos de Umbanda, salve Oxalá e a sua Banda.

Encerro a nossa Gira de Umbanda, em nome de mãe Iemanjá e salve o sol e salve a luz, salve os filhos de uma fé pura.

DISPOSIÇÃO DA TENDA:

Na entrada do terreno, ao lado esquerdo do portão, localiza-se a TRANQUEIRA (ou tronqueira).

Ponto de magia do Exú da casa. (encontra-se enterrado ali, uma firmeza para proteção do espaço onde iremos adentrar. Esta firmeza é feita conforme determinação do Exú Guardião, portanto, a firmeza de um terreiro NUNCA é igual a de outro) Local onde tudo o que é ruim é trancado. Acende-se neste local uma vela branca e coloca-se um copo com marafo, sempre que vamos realizar qualquer tipo de trabalho no terreiro. Devemos saudar este local ao adentrarmos, pois com a saudação, estamos pedindo licença para entrar e pedindo ainda a proteção do guardião da casa.

CASA DAS ALMAS

Em nossa Tenda ela fica localizada no canto direito, (do altar) na parte de trás do salão. Consta de um pedestal com sete degrau e no alto uma cruz. (ali não há firmeza enterrada)

Devemos acender ali uma vela branca e colocar um copo com água e 7 punhados de sal grosso.

A vela, ilumina todas as almas, encarnadas e desencarnadas, que se encontram no local.

A água com sal grosso, absorve as energias negativas que nós médiuns e a assistência trazem consigo, resultado de pensamentos de preocupação, tristeza, angústia, cobiça, vaidade, orgulho, etc.

CANGIRA

Casa do Exú Chefe do Terreiro. Ao lado esquerdo do altar. (O dono da cangira faz a sua firmeza, o material ali enterrado é de acordo com seu local de atuação, sua arma e suas mirongas.)

Em nosso caso, a Pomba Gira MARIA PADILHA, é a chefe da Tenda, no que se refere aos trabalhos de Exú.

SALA ONDE SÃO REALIZADOS OS TRABALHOS

Ali se encontra o Altar ( com uma firmeza enterrada), ali acendemos as velas, colocamos as imagens de nossas Entidades, flores e algumas armas dos Guias. NÃO DEVEMOS DEIXAR NADA QUE NÃO PERTENÇA AO ALTAR, EM CIMA DELE. ( ex: copos, canetas, fósforo, etc..).

No centro da sala, no alto, tem uma pirâmide com cristais, no chão, está riscado o ponto da CABOCLA MAROLA DO MAR, dona do nosso congá; embaixo, o ponto de firmeza da casa, feito pela Cabocla Marola do Mar e Xangô Caô ( Guia de frente do Pai de Santo da Chefe do Terreiro). Somente os dois conhecem os fundamentos.

O médium em desenvolvimento, após bater sua cabeça é colocado sob a pirâmide e em cima do ponto riscado, ficando protegido astralmente e recebendo todas as energias necessárias para o seu desenvolvimento mediúnico.

Os demais médiuns, também se posicionam neste local para receberem suas Entidades. Este é o ponto onde se concentram maiores energias.

Ao adentrar o terreiro, o médium deve (já de banho de descarga tomado e roupa trocada) acender sua vela de Anjo de Guarda, fazer uma oração, bater a cabeça no altar, no chão, no Ponto de firmeza sob a pirâmide e no ponto de Firmeza do Caboclo Lírio Branco; no canto direito da sala, saudar a tranqueira e a cangira, o cruzeiro das almas e os quatro cantos do terreiro e o Anjo de Guarda dos irmãos de fé que já se encontrarem no local. Após cumprido este ritual, deve verificar se está tudo em ordem ( se tem caneta, receituários para o atendimento dos consulentes, material que as Entidades do dia usarão, os livretos dos pontos que serão puxados, copos, água, etc..) para os trabalhos que serão realizado. Se tudo estiver organizado, deve aproveitar o tempo de espera para mentalizar boas energias, ler os livretos dos pontos ou estudar as apostilas. EM HIPÓTESE alguma o médium deve conversar sobre assuntos que não digam respeito ao Terreiro ou aos trabalhos do dia. Esta fórmula é excelente para evitar fofocas e conversas inúteis.

Iniciados os trabalhos, o médium deve manter-se totalmente atento, não desviando sua atenção para assuntos que não façam parte dos trabalhos, puxar pontos e bater palmas, procurando sempre ser útil às entidades que estão trabalhando e aos seus irmãos de fé.

Ao adentrar o terreiro, você que vem assistir nossos trabalhos, mantenha-se com os pensamentos livres de preocupação, ore, procure participar juntamente conosco, cantando pontos, batendo palmas, evitando conversas inadequadas, ficar chamando os médiuns que estão na corrente, brigando por causa de fichas de atendimento, sair e entrar no terreiro, pois esta atitude além de prejudicá-lo, atrapalha a harmonia dos trabalhos.

Aproveite o horário de pausa para esclarecer suas dúvidas. Procure evitar vir para o Terreiro com roupas inadequadas (shorts, saia muito curta e justa, blusa ou vestido muito decotado, roupa transparente, etc.), lembre-se que aqui é a CASA DE DEUS, local onde nos encontramos para crescer espiritualmente e praticar a caridade.

Ao escolher uma Entidade para conversar, preste bem atenção no que está sendo orientado, em caso de dúvidas, consulte o Cambone.

Se você pensa em presentear alguma Entidade com bebidas, cigarros, charutos, etc, procure saber com o Cambone, qual a preferência da referida Entidade. Devemos lembrar sempre que recebemos na medida em que damos; esta máxima deve ser a bússola em nossa vida.

Procure sempre produto da melhor qualidade para presentear uma Entidade, pois elas nos auxiliam tanto, que seria falta de consideração presenteá-la com algo de má qualidade.

Procure também, contribuir com o Terreiro, pois como pode ser observado, as despesas para fazer com que tudo funcione, São grandes, portanto, velas, cigarros, charutos, defumadores, incensos, álcool, cachaça, material de higiene e limpeza, etc… São sempre bem vindos.

Seja sócio da Associação, pois precisamos da sua contribuição monetária, para a construção de Nossa Sede.

Não se limite apenas a ficar sentado no banco, reflita sobre sua espiritualidade, esquecendo o orgulho e convenções sociais, comodismo e seja um médium atuante em nossa corrente,

existem várias modalidades de mediunidade, e você com certeza possui uma ou mais, basta praticar!

Sempre que possível, compre Artigos do NOSSO BAZAR.

Faça doações para o nosso bazar

Como você pode observar, estamos precisando de Ogã e de Cambone, será que você não se adapta em umas dessas tarefas?

TODA AJUDA É BEM VINDA. 

RECEITA DE SABONETE PARA BANHO DE DESCARGA

01 Sabonete de glicerina ( de preferência de ervas).

01 litro de água

07 tipos de ervas (pode ser cinco ou três)

MODO DE FAZER

Rale e derreta o sabonete em um copo de água.

Cozinhe as ervas em um litro de água e coe. Acrescente o sabonete ralado e derretido. Se ficar muito grosso, acrescente um pouco mais de água quente. Deixe esfriar e coloque em frasco bem tampado. Conserve na geladeira.

LOÇÃO PARA DESCARGA

Junte 05, 07, 13 ou 21 ervas e coloque em um vidro com álcool, deixe macerar durante 07 dias, após use esfregando no corpo do pescoço para os pés.

Sempre que o vidro estiver pela metade, complete com álcool.

Pode ser completado enquanto a loção tiver a cor esverdeada.

Obs: A loção não substitui o banho de descarga.

A UMBANDA UTILIZA-SE DE:

ERVAS 

De fundamental importância em nosso ritual as ervas contribuem muito para a limpeza e energização do nosso ambiente, bem como aparecem em todo ritual de preparação dos médiuns e trabalhos em auxílio aos freqüentadores da nossa Tenda.

Tudo na natureza reflete mais ou menos uma das qualidades de nossos amados Orixás, visto que eles são os seus sustentadores, logo se falarmos de ervas teremos ervas que refletem em maior grau a essência e o axé de certo orixá , então dizemos esta erva pertence ao  Orixá tal, por esta razão, o médium deve usar, preferencialmente a erva pertencente ao seu Eledá nos seus banhos e reforços de ori.

De acordo com a sua energia, a erva pode ser usada também para equilibrar as emoções e sentimentos das pessoas. Muitas plantas são empregadas popularmente para a limpeza energética de ambientes e pessoas, por meio de incensos e fumigações, justamente porque algumas delas possuem qualidades transmutadoras que propiciam a modificação da vibração atômica, devolvendo a harmonia e o equilíbrio.

BANHOS

 

Os Banhos de Descarga

(ou Banho de Descarrego)

Desde épocas remotas é conhecida a forma mágica das plantas e ervas medicinais. Daí os banhos serem considerados veículos de purificação do corpo e da mente, incluindo-se no processo de mediunidade dentro dos centros e terreiros de Umbanda.

O banho de descarga é um descarregamento dos fluídos pesados de uma pessoa.

O banho de descarga mais usado é feito com ervas positivas, variando de acordo com os fluídos negativos acumulados que uma pessoa está carregando, e de acordo com os orixás que a pessoa traz em sua cabeça.
O banho de descarga com ervas deve ser tomado após o banho rotineiro, de preferência com sabão da costa, sabão neutro ou sabão de coco.
Um banho de descarga não deve ser jogado brutalmente pelo corpo e sim suavemente, com o pensamento voltado para as falanges que vibram naquelas ervas ali contidas.

Os banhos de ervas, são classificados normalmente em três tipos: Banho de Descarga, Banho de Ritual e o Banho de Iniciados.

BATER CABEÇA

Porque, bater cabeça?

Antes de ser uma tradição, um rito (cerimônia), da Umbanda, é o primeiro e principal ato de humildade e resignação de um filho de fé.

Ao adentrarmos em um Terreiro (seja p/ trabalhar ou visita), é nossa “obrigação”, saudarmos primeiramente ao peji (conga) , reverenciando a Santíssima Trindade .

Pedimos a proteção aos nossos Orixás de cabeça (quando conhecidos) e nosso Anjo da Guarda.

Em seguida, sauda-se o atabaque, pedindo licença e proteção ao dono da casa.

Saudamos o tambor, por este ser, um dos pontos da “firmeza” da Casa.

Saudamos a Tronqueira (sempre na direção da porta ou porteira, ou ao lado oposto do Conga.

Batemos cabeça para a Chefe do Terreiro.

NOTA: Não batemos cabeça para Exu!

Mas, temos e devemos ter todo o respeito e carinho por nossos irmãos de sina e de destino, afinal eles são Orixás e entidades igualmente aos “Santos”.

A saudação a Exu, ajoelhamos com o joelho esquerdo e tocando com a mão esquerda o solo, reverenciamos aos Maiorais da Casas e Guardiões, pedindo licença e proteção p/ os trabalhos que irão se iniciar. Pedimos também, que essas entidades possam nos resguardar de espíritos baixos (kiumbas), afim de não atrapalharem o bom andamento da Gira.

SAUDAÇÃO (DAS ENTIDADES):

Quando incorporarmos, nossos guias (entidades), eles devem proceder da mesma forma que os médiuns, obedecendo a hierarquia da Casa.

As Guias (colares)

Os colares usados na Umbanda são pólos de irradiação, pára-raios, defesa, patuás, bentinhos, terços ou qualquer nome que queira dar, conforme crença, região ou língua. Na Umbanda há as guias (colares), as pulseiras, braçadeiras (contra-eguns), patuás e outros elementos obedecem os seguintes preceitos:

Usa-se somente produtos naturais como : sementes, pedras, conchas, pedras preciosas e semi-preciosas (mesmo que lapidadas), cristais e outros. Jamais usa-se plástico ou outro produto artificial.
Usa-se metal apenas quando o Guia Espiritual ou Orixá pede. Usam-se peles, partes de animais (dentes, guizos, unhas, etc) sempre em harmonia com a entidade a quem se oferta a guia.

As contas, sementes e outras peças devem formar múltiplos de 3, 7 ou 9.

Toda guia deve ser cruzada (benzida) pelo chefe de terreiro, seja pela Mãe/Pai de Santo ou pelos Guias Espirituais Chefes de seu terreiro.

GUIA BRANCA : confeccionada de pequenas miçangas é usada pelo médium iniciante; é a chamada Guia de Anjo de Guarda.

GUIA BRANCA E OUTRA COLORIDA: usada pelo médium, após seu Guia de frente ter mostrado a que Linha pertence.

GUIA DE CRISTAL COLORIDA: usada pelo médium após seu Guia de Frente ter riscado e cantado seu Ponto. ( a Entidade diz como e quais as cores que ele usa e a Mãe-de-Santo confecciona a Guia de acordo com as instruções da Entidade e das normas da Tenda).

GUIA DE CRISTAL TODA BRANCA: é a chamada Guia de Oxalá, usada por médiuns com Guia Identificado.

GUIA ATRAVESSADA: o médium que possui uma ou mais Entidade de sexo diferente do seu, costuma usar a guia desta Entidade, atravessada, do pescoço ao lado direito da cintura.

(Em nossa Tenda não adotamos esta maneira de usar guia).

GUIA CONTENDO AS CORES DAS SETE LINHAS:

São as chamadas guias de Chefe de Terreiro, ela cruza no pescoço e peito do médium.

( Em nosso ritual, somente os Chefes de terreiros com todas as preparações e coroação, pode usar).

OTÁ

Pedras de cachoeira (seixos) que se consagram a OXUM por esta mãe predominar nas mesmas; em nossa casa, o otá é utilizado como elemento de ligação entre o médium, o terreiro e as energias da água doce.

Após realizado o ritual pelo Caboclo Lírio Branco, o médium guarda no congá seu otá em um vidro com água ( que deverá ser freqüentemente trocada) da cachoeira.

Tanto a água quanto o otá devem ser utilizados sempre que o médium sentir necessidade.

DEFUMAÇÃO

O defumador é utilizado para a limpeza astral de ambientes e pessoas e deve ser feito com carvão em brasas, e ervas secas. A finalidade do carvão é atrair as vibrações negativas enquanto as ervas atrairão as vibrações positivas. O defumador também pode ser feito com incenso puro de boa qualidade.

Usamos normalmente antes das giras ou sessões , p/ “literalmente” fazer uma limpeza na casa e na aura das pessoas, tornando assim o ambiente mais leve e harmonioso.

A defumação, é o último dos rituais, p/ a higienização, tanto dos médiuns como da Casa.

VELAS

Poderoso elemento mágico auxiliar nos trabalhos da nossa Tenda.

A vela representa o elemento fogo, e fortalece as vibrações coloridas das nossas Entidades.

Sempre que queremos entrar em contato com o mundo astral (superior ou inferior), a vela é a principal chave de acesso p/ isto (intimamente ligado a fé e mentalização) .

O ato de acender uma vela, deve ser um ato de fé, de mentalização e concentração p/ a finalidade que se quer. É o momento em que o médium faz uma “ponte mental”, entre o seu consciente e o pedido ou agradecimentos à entidade, Ser ou Orixá, em que estiver afinizando.

Muitas pessoas acendem velas para os guias , de forma automática e mecânica, sem nenhuma concentração. É preciso ter consciência do que se esta fazendo, da grandeza e importância, pois a energia emitida pela mente, irá englobar a energia ígnea (do fogo) e , juntas viajarão no espaço p/ atender a razão da queima desta vela.

Sabemos que a vida gera calor e que a morte traz o frio. Sendo uma chama de vela cheia de calor, ela tem amplo sentido de vida, despertando nas pessoas a esperança a fé e o amor.

Quem usar suas forças mentais com ajuda da “magia”das velas, no sentido de ajudar alguém, irá receber em troca uma energia positiva; mas, se inverter o fluxo de energia, ou seja, se o seu pensamento estiver negativado (pensamentos de ódio, vingança, etc…) , e utilizar p/ prejudicar qualquer pessoa, o retorno será Infalível, e as energias de retorno serão sempre maiores, pois voltarão com as energias de quem as recebeu.

A intenção de acendermos uma vela, gera uma energia mental no cérebro; e essa energia que a entidade irá captar em seu campo vibratório. Assim, podemos dizer que: Nem sempre a quantidade está relacionada diretamente à qualidade, a diferença estará na fé e mentalização do médium.

Desta forma, é inútil acreditar que, podemos “comprar favores” de uma entidade, negociando com um valor maior de quantidade de velas….

É importante salientar, que sempre que acendermos uma vela em nossa casa devemos direcionar nosso pensamento à Entidade que irá recebe-la, pois como elemento mágico, o fogo não direcionado, pode trazer prejuízos para o nosso lar. Devemos evitar acender velas em intenção de pessoas que não convivem em nosso ambiente doméstico, para esta finalidade, procure acender a vela no congá.

ÁGUA

É com certeza o elemento mais poderoso e o mais utilizado em nosso ritual.

Utilizamos a água para a cerimônia anual de lavagem do Terreiro, para todas as cerimônias de preparação de um médium para chefe de terreiro e em todos as nossas giras de Umbanda.

ATABAQUE

É um instrumento de percussão, com aparência de um barril aberto nas duas extremidades com couro em apenas uma das extremidades e é tocado com as mãos. Toca no RUM (grave), RUMPI (grave e agudo) e no LE (agudo), sendo que apenas uma única pessoa não consegue fazer os contra tempos, repiques, arrebates e outros sozinho, são necessários no mínimo três ogãs para executarem com harmonia e vibração os Pontos do Terreiro.

Como elemento da Umbanda, os atabaques também precisam serem devidamente preparados para a finalidade a que se destinam.

OGÃ

Aquele que fornece a devida sustentação aos trabalhos da Casa, juntamente com o Pai/Mãe de Santos e demais Entidades, aquele que bate no couro com amor, respeito e responsabilidade.

O ogã precisa ter uma preparação, pois ele também é um médium.

O Ogã tem como obrigação, saber todos os Pontos do Terreiro.

PONTOS CANTADOS

Cânticos ou chamados dos Orixás, verdadeiros mantras que são utilizados nas giras de Umbanda, funcionam como elo de ligação entre os médiuns e o Plano Astral. Os pontos trazem em suas letras fundamentos, ordens do Astral, chaves das Entidades, comandos etc. É de extrema importância que se entoe os Pontos no ritmo e na melodia apropriada, pois quando desafinados, causam mal estar e desarmonizam a gira.

O médium que brinca, permanece desatento ou deixa de entoar os pontos durante a gira, está acarretando para si mesmo sérios problemas de comunicação com o Plano Astral e com suas Entidades.

PEMBA

A pemba (verdadeira), é um giz branco, feita a partir de matéria prima chamada “cauim”, um calcário, parecido com o gesso, esse cauim é moído e adicionado também ao pó de algumas sementes e ervas sagradas. Depois de misturados e peneirados, é feito uma “papa” onde se dará o formato aproximado de um quibe, e colocado p/ secar.

Ou pode ser comprada pronta, já colorida.

Tem a pemba a finalidade de riscar Pontos de segurança, confirmação, e muitos outros trabalhos.

PONTOS RISCADOS

Um ponto ( conjunto de símbolos riscados com pemba), está p/ a Umbanda, assim como o peixe está p/ a água. Tal a importância destes elementos nos rituais sagrados.

Infelizmente, sempre encontraremos médiuns (ou sacerdotes), que não conhecem a verdadeira magia e significado destes pontos, usando e abusando, sem terem noção do que estão manipulando.

PUNHAIS FACAS E PONTEIROS

Os ponteiros têm diversas aplicações dentro de um ritual, mas o mais utilizado é de direcionador de energia. É como se fosse um fio terra para algumas cargas ou então como captor de energias movimentadas em determinados locais.
Normalmente é utilizado pela Entidade para confirmar o ponto, de identificação, ou ponto de segurança. Usa-se ainda como elemento mágico, neste caso, somente médium com muito conhecimento pode utiliza-lo para fins magísticos, pois são grandes condensadores de energias.

RODA

Círculo de madeira usado pelas Entidades para riscar Ponto de confirmação, de trabalho, de segurança, etc.

ADJÁ

Adjá: Obejto parecido com um sino (badalo) que pode possuir de 1 a 3 bocas. Sua função é quebrar campos magnéticos, é muito utilizado na incorporação de Orixás, principalmente quando estão saudando o congá. Facilita o entrosamento entre médium e Guia.

CHARUTOS, CACHIMBOS E CIGARROS

É muito controvertido e mal interpretado o uso dentro dos terreiros.

Geralmente quando as Entidades estão em terra (incorporados), dão-lhes charutos, cigarros ou cachimbos p/ fumar. Vale a pena observar, que eles na verdade não fumam (não tragam a fumaça) , como faria um usuário ou viciado….

Apenas enchem a boca com a fumaça e a expelem sobre o consulente ou p/ o ar.

O fumo, age como uma defumação direcionada, atingindo “in loco”, este local afetado pelas energias nocivas , pelas baforados.

Sendo a folha de fumo, um vegetal, acumula fluido, vibrações e magnetismo solar, lunar, telúrico (terrestre) e astral. Quando queimado, libera estas energias, somadas as vibrações e mentalizações da entidade , que irão desagregar e “limpar” a aura do consulente (assistência).

BEBIDA (MARAFO)

Da mesma forma que o cigarro, o marafo ou marafa (bebida alcoólica), tem uma imagem totalmente negativa, na visão dos “especialistas” e “entendidos” do campo astral.

O mal principal, está no abuso e uso desenfreado em muitas Casas. De médiuns que se aproveitam da situação e vão no “embalo”, muitas vezes mistificando uma incorporação, e se embebedam,

dando vexames e depois saem dizendo que foi a entidade que o deixou assim…

O álcool, tem emprego sério na Umbanda. Os Exús (principalmente) e a linha intermediária, são os que mais fazem uso do marafo. Estas linhas utilizam muito de energias etéricas, extraídas de matéria (alimentos, álcool, etc…), p/ manipulação de sua magias, p/ servirem como “combustível” ou “alimento”, encontrando então, uma grande fonte desta energia no marafo….

Explicando melhor: Estas linhas, estão mais próximas às vibrações da Terra (faixas vibratórias), onde ainda necessitam destas energias, retiradas da matéria (marafo), p/ poderem realizar seus trabalhos e magias! O marafo também é usado p/ limpar/descarregar pontos de pemba ou pólvora.

DESPACHOS, OFERENDAS E OBRIGAÇÕES

Todo despacho é uma oferenda, mas a recíproca nem sempre é verdadeira, ou seja ,nem toda oferenda é um despacho!

A oferenda em si é um gesto de amor , enquanto o despacho pode ter um sentido mais diverso.

Se uma pessoa for a uma mata, oferecer uma ( ou várias) velas verde e pedir a Oxosse, o Senhor das Matas, com amor e convicção, força e sabedoria, ela estará fazendo uma oferenda. Mas, se ela for a mesma mata, acender as velas, e pede a Oxosse para afastar seus inimigos, esta pessoa está fazendo um despacho, pois tem um sentido de demanda.

A oferenda, talvez seja uma das maneiras mais primitivas do homem, de se encontrar com seus deuses…

Na oferenda, a pessoa não assume um “compromisso cármico” (dívida); mas, no despacho, se houver um sentido de agressão e não de defesa, é certo que, ele aumentará seus débitos com os Senhores do Destino.

PÓLVORA:

Também conhecida por “fundanga“.

Este é um dos materiais que raramente usamos em nossa Tenda. Ao ser queimada ou mesmo explodida, provoca-se um grande deslocamento de ar, repercutindo imediatamente no corpo áurico (aura) do consulente, desagregando todas energias negativas, miasmas e literalmente “queimando” o (s) espírito (s) trevoso (s) que estiver ligado a essa pessoa. Por trabalharmos baseados em amor, fraternidade e caridade, seria um contra-senso usa-la.

INCORPORAÇÃO EM CASA

A incorporação em casa pode ser muito perigosa, pois há a necessidade de preparação e rituais que a maioria dos médiuns desconhecem.

Um médium em preparação, é como uma “esponja” que absorve as energias que estão ao seu redor, ele pode desta forma, absorver toda a energia negativa que o consulente está emitindo, poluindo sua aura e seu lar.
Os Terreiros tem os canais para descarregarem as energias negativas que são tiradas das pessoas. Tem os Axés para combater os eguns que são tirados pelas Entidades e tem “plantados” todos os fundamentos necessários para os mais diversos trabalhos espirituais.

SALVA e LEI DE SALVA

Existem duas coisas muito confundidas, a Salva e a Lei de Salva, que apesar de completamente diferentes, são utilizadas pela Umbanda como ritual, apesar de originárias das nações de Santo (Candomblé).

LEI DE SALVA

Na Umbanda permite-se o uso da Lei de Salva, assim como o é por tantas e quantas religiões existam; é uma espécie de pagamento para que alguém faça por você, o que por condições físicas ou necessidades diversas, o próprio não tenha condições. A Lei de Salva é determinada de acordo com a unidade padrão da moeda. Quando os negros vieram como escravos para o Brasil, a unidade padrão no Mercado de Escravos era a moeda de $400 Réis (uma pataca), por esta razão a Lei de Salva é sempre baseada na unidade padrão vigente no local onde a mesma é aplicada, e que poderá conforme a dificuldade ou periculosidade do trabalho à ser efetuado, ser multiplicada por 3(três), 5 (cinco) ou 7 (sete) vezes no máximo a

unidade padrão utilizada.

A SALVA

A Salva é uma deferência prestada dentro da Umbanda, quando se quer dar destaque à visitação ao Terreiro, por determinados seguidores da seita, tais como: Chefes de Terreiros, de qualquer hierarquia, personalidades ilustres, benfeitores do terreiro, autoridades civis, militares e religiosas, que conheçam a Lei e que mereçam essa deferência.

Alguns Mandamentos do Médium Umbandista

1) Não Ter no coração os sentimentos de superioridade, nem desejos de comparações desnecessárias.

2) Ter como primordial a vontade de alcançar o prometido em esferas superiores e demonstrar aos seus semelhantes.

3) Que os olhos da observação sejam o complemento de seus ideais mediúnicos: a curiosidade desnecessária atrai longo tempo perdido.

4) Não fazer justiça segundo seus interesses menores, a verdadeira sabedoria é estar vigilante consigo mesmo.

5) Não ser um ditador de normas e condutas, mas sim um orientador através de exemplos dados, através de suas atitudes.

6) Ter confiança nas entidades que o cercam, nem sempre se enxerga as verdades com os olhos da matéria. Está escrito : o que se colhe é o que se plantou.

7)Não acumular trabalhos desnecessários, nem se sobrecarregar com conversações fúteis. Guardar o tempo, pois a serenidade tem que ser o principal exemplo, e esse só é demonstrado com o equilíbrio.

Caboclo Caçador

Irmãos umbandistas alerta:

Não são todos que compreendem…
Não são todos que entendem…
Não são todos que alcançam…
Não são todos que visam…
Não são todos que têm a chama da verdade…
Não são todos que têm o ouvido para ouvir e o coração pra sentir.
São poucos os amigos e irmãos de fé.
São poucos os que gostam de retribuir o conseguido através da ajuda Suprema.
São poucos os que gostam de retribuir aquilo que lhe foi dado ou outorgado.
Você, irmão, é um forte, um bravo, é um bandeirante das futuras realizações humanas, você é o soldade em nome de Jesus na Terra.
Você é a razão dos futuros alicerces em que a humanidade ficará, pois você é o alento, o confortador, o orientador, o ensinador, afinal, você só pode ser uma coisa : um fiel aos ensinamentos do Mestre.
Você já tem seu descanso preparado, o cansaço de agora será recompensado, a luta de agora será a trégua no futuro.
Você é um enviado. Você é um verdadeiro Umbandista.
Você, que batalha, é um filho da sagrada corrente astral de Umbanda. Não são todos.
Salve a luz. Caboclo Sete Flechas.

Umbanda é Luz

Maus pedem amor – Oxalá

Infantis pedem carinho – Iemanjá

Honestos pedem razão – Yori

Justos pedem justiça – Xangô

Desesperados pedem atenção – Ogum

Necessitados pedem ajuda – Oxossi

Ignorantes pedem esclarecimentos – Yorimá

Amor, carinho, razão, justiça, atenção, ajuda, esclarecimento:

É a lei entrelaçada e coordenada, é a luz que brilha e ilumina a tudo e a todos.
Eu a procuro. Meu Pai mostra o caminho: Umbanda de fato, para quem tem fé ou não, para quem a quer ou não.

Caboclo Sete Flechas.

Ao Médium Umbandista

Você tem uma grande responsabilidade, pois lhe foi dado o manancial suficiente para que possa ser o esteio de elevação moral e espiritual de muita gente.
Portanto, para que possa usá-lo, é necessário certo cuidados íntimos, pois um espelho difuso e ofuscado não reflete uma boa imagem e a sua tem de ser compreensão, paciência, renúncia e muito amor.

Nós, espíritos encarnados e desencarnados, que militamos nessa corrente valiosa, temos interligações no plano astral e temos de difundí-las aqui na Terra, pois nessa nossa missão foi-nos confiada pelo Pai Oxalá e somos nós que temos o dever de abarcar toda essa gente perdida de uma orientação mais profunda e sensata, e você, médium, tem de procurar ser o exemplo vivo das lições dadas pelo Pai.
De nada adianta o médium querer galgar degraus de conhecimentos mágicos, sem que antes saiba coordenar seus desejos para tal, fica claro que antes de qualquer iniciativa nesse sentido, é necessário uma vigília constante nas suas ações morais, que se demonstra como exemplo que lhe seguem.
O médium umbandista é um potencial por si só, mas que faça jus por sê-lo e militar nessa corrente onde as falanges que a formam têm conhecimento profundo da vida, mas não abre mão do conhecimento maior, que é o amor ao Pai Oxalá.
Médium Umbadista, você tem a obrigação de aprimorar todos os dias esses conhecimentos, pois ele é o seu maior aliado na grande missão que tem a cumprir. Cabocla Yara

São essas verdades presentes na Umbanda que a torna tão plural, bela, simples e ao mesmo tempo rica. Por de trás de uma simples Roupagem Fluídica estão espíritos de alta envergadura espiritual, sem títulos de doutores, de mestres ou qualquer outro, que não eles, mas sim nós é que necessitamos de muletas que o nosso ego ostenta.

REFLITA…

Como é o nome da Pomba Gira que você trabalha?

Maria Padilha

E a tua?

Maria Padilha

E você, qual é o nome da sua?

Maria Padilha

Nossa! Como este espírito consegue trabalhar com todas ao mesmo tempo? Este diálogo te parece confuso? Pois não é não. É até bem simples de entender… Partindo-se do princípio de que todo espírito evolui, seria injusto deixar uma Entidade que trabalha na Umbanda, estacionar. Na verdade elas também evoluem, como todos nós. Existe uma infinidade de espíritos que estão na mesma faixa de evolução, estes espíritos escolhem trabalhar em uma determinada Falange; estando, portanto, na mesma faixa evolutiva e vibratória o espírito adota o nome da Entidade que deu origem a esta Falange, ou seja, existem DIVERSOS espíritos com o mesmo nome, porém são entidades diferentes. Ainda dentro deste seguimento, existem os diversos reinos em que atuam, surgindo assim, Maria Padilha da almas, Maria Padilha das Encruzas, Maria Padilha do Cemitério, etc… O mesmo acontece com outras Entidades conhecidas. Isto não quer dizer que se você tem uma Entidade com nome diferente (pouco famoso, ou que ninguém nunca ouviu falar), que ela não trabalhe direito, na verdade, quando um espírito se propõe a trabalhar é porque obteve autorização de um Plano mais Elevado e está apto para realizar suas obrigações.

DIFERENÇAS ENTRE UMBANDA E CANDOMBLÉ

Candomblé

Candomblé se divide em nação (gege, fanti-ashanti, ketu, nagô, angola, etc)

Pontos na língua da nação

Não há incorporação de outras entidades que não sejam os Orixás

Orações e preces na língua da nação

Sem sincretismo

Exú é Orixá

Umbanda

  • · Não há divisão por nação, mas pode haver variação por doutrina/facção (Umbanda Esotérica, Umbanda branca, Umbanda Traçada) mas todas são apenas UMBANDA.
  • · Pontos cantados em português
  • · Incorporação de Orixás e outras entidades (Caboclos, baianos, pretos-velhos…)
  • · Orações em português
  • · Sincretismo católico
  • · Exu é entidade
KARDECISMO E UMBANDA

SEMELHANÇAS:

1. Ambas são espiritualistas, isto é, crêem na existência de seres fora da matéria;

2. As duas correntes rendem culto a Deus, embora com nomes desiguais e modos diferentes;

3. Nelas ocorrem fenômenos produzidos por espíritos desencarnados.

4. Tanto uma como a outra aceitam os dogmas da sobrevivência do espírito, comunicação entre encarnados e desencarnados, reencarnação, Lei de Causa e Efeito e outros;

5. A Umbanda, como o Kardecismo, procura praticar a CARIDADE;

6. Seus ensinamentos provém de Guias e Protetores;

7. As curas e desobsessões verificadas no terreiro e na mesa kardecista são baseadas nas faculdades mediúnicas.

DIFERENÇAS:

1. A Umbanda tem culto ritualístico; o kardecismo não;

2. A Umbanda tem liturgia própria, diferente da do kardecismo;

3. A Umbanda possui imagens de seus orixás, guias, protetores, bem como dos santos sincretizados, oriundos do catolicismo, inexistente no kardecismo.

4. A Umbanda se apóia, além da mediunidade, também na magia, com seus pontos riscados, cantados, objetos e defumações; o kardecismo omite a magia, pelo menos, como nós, umbandistas, a concebemos, pois a água fluídica é uma espécie de magia;

5. A Umbanda tem vocabulário adaptado às diversas solenidades, atos, cerimônias, ritos, objetos e a tudo o que se relaciona a seu culto; o kardecismo tem sua nomenclatura, segundo a codificação da doutrina feita por Allan Kardec.

6. O kardecismo rege-se por um corpo de doutrina homogêneo, oriundo da codificação; a Umbanda se orienta por uma doutrina heterotécnica, proveniente de suas raízes. Atualmente, os rituais umbandistas, conquanto não pareçam homogêneo na forma, isto, é, iguais em todos os terreiros, a base é a mesma: incorporação de Caboclos, Pretos Velhos, Crianças, etc. aliás, no próprio kardecismo há ligeiras modificações em seus trabalhos, processos adaptados à finalidade de cada sessão.

7. Os Espíritos-Guias da Umbanda, mais ligados ao plano físico, tem melhores condições para trabalhar com mais eficiência, ao lidar com certos espíritos malévolos e trevosos;

8. Há muitos espíritos que, ainda ligados à matéria, necessitam de ambiente onde há fumo, bebida, música, cheiro, etc., o que facilita sua chegada e posterior doutrinação ou severa repreensão;

9. Existem pessoas que somente entendem a vida espiritual através dos meios materiais que a Umbanda oferece. Portanto, ela se torna necessária em determinada situação da vida mental ou estágio espiritual. Não se pode ensinar certas conquistas científicas e tecnológicas a pessoas incapazes de compreendê-las.

10. Há necessidade de alguns indivíduos concentrarem-se no concreto, para daí, passarem ao abstrato. O sujeito diante de uma imagem religiosa material, pensa ou dirige o pensamento para as coisas espirituais.

11. A Umbanda fornece meios para o homem satisfazer o desejo de exteriorizar, nas práticas ritualísticas, a mesma devoção de seus ancestrais, que faz parte do inconsciente coletivo, desencadeado pelo atavismo (repetição no presente, de sentimentos, emoções ou personalidade de um passado longínquo).

12. Tudo no universo obedece a leis imutáveis que regem o mecanismo em qualquer plano físico ou espiritual. Conhecendo-se parte dessas leis, principalmente a que regula muitas de nossas atividades, poderemos resolver grande quantidade de problemas decorrentes justamente de sua desobediência. Tal acontece com a magia e o uso de objetos, ervas ou plantas utilizados nos trabalhos de Umbanda.

13. O kardecismo não reconhece ou não quer admitir haja trabalhos de magia negra, feito através de objetos, animais e plantas, não estando, preparado para anular-lhe as conseqüências; a Umbanda pretende apoiar-se nessa finalidade, ou seja, seu objetivo principal é desmanchar trabalhos maléficos.

Em resumo, o culto do kardecismo é mental-doutrinário; o da Umbanda mais físico, prático e ritualístico. Ambos de adaptam à índole e tendências dos indivíduos que a praticam.

Por exemplo, para certas pessoas o culto mental é o mais apropriado, enquanto para outras a Umbanda se adapta perfeitamente.

O ideal é o indivíduo apoiar-se nas duas com fé e força de vontade, acelerando assim, o próprio progresso espiritual.

PONTOS FUNDAMENTAIS

Você sabe o que é um dogma? – Dogma – segundo o dicionário, é ponto fundamental de uma doutrina religiosa. Pode-se discutir um dogma, não porém, negá-lo. Assim, também a Umbanda possui seus dogmas, crenças e fundamentos, aliás próprios do espiritualismo. Que são:

1. Acreditamos em um Deus eterno, imutável, imaterial, único, onipotente, onisciente, onipresente, inconcebível, portanto, à mente humana. Isto é, no atual estado, o homem jamais pode fazer uma idéia do que seja Deus, embora possa senti-lo e compreender vagamente a obra de sua criação.

2. Cremos na existência dos Orixás, espíritos de planos superiores, que comandam as sete linhas ou vibrações de Umbanda.

3. Temos a reencarnação como ponto pacífico, logo, indiscutível.

4. Cremos na existência de seres fora da matéria e na sobrevivência de nossa própria alma após a morte do corpo físico, verdades comprovadas pela mediunidade, significando que o espírito não morre, mas sobrevive ao homem, em seu caminho de evolução na busca de aperfeiçoamento.

5. Há possibilidade de comunicação com esses espíritos desencarnados, através da faculdade mediúnica, cujo intermediário é o médium.

6. Existe uma Lei de Causa e Efeito, pela qual colhemos tudo o que plantamos. Exemplificando: somos nesta encarnação o futuro da semente semeada, nas vidas precedentes, (encarnações anteriores). Não há acaso, tudo é conseqüência. “ sabemos que a semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória”.

7. O progresso de cada um ou as situações na vida são produtos de seu livre arbítrio ou escolha das provas com antecedência, antes da descida à matéria..

8. Não há diferença entre o natural e o sobrenatural. Nem entre o plano terrestre e o astral. Apenas distinção de estados vibratórios.

9. O “amai-vos uns aos outros” é o lema principal da Umbanda, o qual tem como base e exemplo de obediência a esse mandamento, o amor incondicional, manifestado na prática da Caridade, tanto na palavra como na ação.

10. Acreditamos existirem outros mundos habitados, não constituindo a terra exceção no universo. Há mundos mais adiantados e orbes mais atrasados. A terra é um plano de expiação, aprendizado e de correção moral.

11. Não há espíritos eternamente voltados para o mal, mas seres em estágio de aprendizado. A condição de mau é apenas imperfeição temporária, própria da fase de desequilíbrio ou ignorância por quem passa o espírito.

12. Todos temos Guia Espirituais, julgados mensageiros dos Orixás, que nos acompanham nos moldes de Anjos de Guarda dos católicos, porém, com a faculdade de se comunicarem conosco, através da mediunidade desenvolvida.

13. Jesus Cristo foi o espírito de categoria mais elevada que já encarnou entre nós. É considerado o irmão sublime que desceu das esferas superiores para ensinar, pelo Evangelho, conduta moral à humanidade.

14. a afirmação de que vivemos num campo vibratório é peculiar, sendo cada campo vibratório que o seu livre arbítrio comanda.

15. Adotamos a liberdade da prática religiosa, respeitadas, entretanto, as leis dos poderes legalmente constituídos.

16. Todos somos iguais, porque filhos do mesmo Deus de Amor, Justiça e Sabedoria, criados para cumprir seus sábios desígnios. Não há superioridade de uns sobre os outros, ressalvadas as condições daqueles em que já despontam vibrações angélicas, provenientes do grau de adiantamento espiritual alcançado pelo próprio esforço e merecimento, através de conduta exemplar em benefício de seus semelhantes.

17. Afirmação de que todas as religiões constituem os diversos caminhos de evolução espiritual que conduzem a Deus, significando que todas as religiões têm uma única finalidade: aperfeiçoar o homem e leva-lo para Deus. Daí o nosso respeito a todas elas, pois cada um se afiniza com uma corrente religiosa que esteja em correspondência ao seu grau de compreensão e evolução.

Quanto aos ritos que utilizamos em nossa devoção, são eles necessários, visto adaptarem-se às formalidade externas do culto. A forma nada representa, mas sim, a intenção de que estamos imbuídos. A Deus não importa a exteriorização ritualística, visto compreender o nosso estágio atual, mas o sincero desejo de praticar o BEM e a CARIDADE. A finalidade justifica os meios.

Dicionário (Candomblé e Omolocô)

ABAÇÁ – Templo, tenda, terreiro de Umbanda
ABACÊ – Cozinheira que prepara as comidas de Santo, no culto Gegê
ABADÁ – É o nome dado a uma túnica larga e de mangas compridas, usada nos terreiros pelos homens.
ABALÁ – Comida muito semelhante ao acarajé.
ABAÔ – Quer dizer um iniciando do sexo masculino, desenvolvendo-se mediunicamente no terreiro de Umbanda
ABARÁ – Comida dos pretos africanos como seja bolo de feijão, que vem enrolando em folha de bananeira.
ABEDÊ – É o leque de Oxum, quando feito de latão.
ABÔ dos AXÉS – Água contendo ervas maceradas, não cozidas, e sangue de animas sacrificados no terreiro.
ABRIR A GIRA – Significa o início ou abertura dos trabalhos nos terreiros de Umbanda.
ABROQUE – É um manto usando somente pelas mulheres durante uma sessão.
ACAÇÁ – Comida originária da África, com aparência de bolo de angu de arroz.
ACARAJÉ – Comida de santo feita na base de feijão fradinho com pimenta malagueta e outros temperos. Comida de Iansã.
ACENDE CANDEIA – Planta muito utilizada para banos conhecida também como Candeia-Mucerengue

ACHOCHÔ – Nome dado à uma comida de Oxossi
ADARRUM – É o toque feito seguidamente pelos atabaques quando da invocação dos protetores para incorporarem nos mediuns.
ADEJÁ – É uma campainha (sino) usada nas cerimônias de terreiro.
AGÔ – Significa pedir licença ou permissão, em outros momentos em que este termo traduz perdão e proteção pelo que se está fazendo.
AGURÊ – Toque em ritmo muito lento para chamar Iansã
AIA – Toalha branca para uso em terreiro
AIOCÁ – Referente a Iemanjá e ao fundo do mar. Ver AIUKÁ.
AIUKÁ – Fundo do mar. Também se diz os domínios de Iemanjá (Rainha do Aiuká).
AJUCÁ – É a festa da Cabocla Jurema entre os capangueiros. Nessa festa há defumações no terreiro, bebidas e comidas, tudo com a finalidade de duplicar a proteção no terreiro e gerar mais fartura nas casas dos filhos de fé.
ALDEIA – Povoado de índios. Tratando-se de terreiros, esta palavra quer dizer a moradia dos espíritos de caboclos na Aruanda.
ALGUIDAR – Bacia de barro usada para entregas, ascender velas, deposito de banhos, entrega de comidas e defumação.
AMACI – Líquido preparado com o suco de diversas plantas, não cozidas, e que tem muita aplicação na firmeza de cabeça dos médiuns. O principal banho para a o ritual da “lavagem de cabeça”.
AMACI-NI-ORY – Cerimonia da lavagem (feitura) de cabeça dos mediuns (ritual equivalente a raspagem de cabeça no Candomblé).
AMALÁ – Comida de Santo. Também se denomina a todo ritual que o umbandista ao manipular alimento deve dispensar atenção, amor e especial carinho, fazendo por completo a Homenagem ao Orixá.
AMOLOCÔ – Comida de Oxum.
AMPARO – Chicote sagrado usado especialmente para afastar espíritos atrasados e maléficos.

ANGOMBA – É a designação para um segundo atabaque.
APARELHO. Médium.

ARAUANÃ – Dança ritual africanista para quebrar demandas e trazer alegrias.

ARIAXÉ – Banho preparado com ervas e folhas. Esse banho consta mais de 21 diferentes espécies de vegetais. Preparado somente pelo próprio chefe de terreiro.
ARIMBÁ – Pote de barro para guardar o azeite-de-dendê
ARIPÓ – Panela muito semelhante ao alguidar de barro
ARUANDA – Céu, Nirvana ou Firmamento significam a mesma coisa, isto é, a moradia daquele que é Criador de todos os mundos e de todas as coisas. Plano Espiritual Elevado.
ARUÊ – Espírito desencarnado
ASSENTAMENTO DE ORIXÁ – E o lugar no pegi onde é colocada a representação de Orixá, ou do seu fetiche, ponto riscado, etc.
ASSENTO – Termo utilizado para um local preparado para um Orixá ou Exu. Santuário exclusivo.
AXÉ – É a força mágica do terreiro representada pelo segredo composto de diversos objetos pertencentes as linhas e falanges. Força bendita e divina.
AXEXÊ – Cerimônia funebre iorubana. Semelhança com a missa de 7º dia católica.
AXOGUM – Nome dado ao encarregado de sacrificar animas quando não é feito pelo Chefe do Terreiro. Muito comum nos cultos de candomblé nagô.
AZÊ – Capuz de palha. Ornamento da roupa de Omulu
AZEITE-DE-DENDÊ – Óleo bahiano extraíado do dendezeiro, sendo muito utilizado na culinária dos Orixás.

BABÁ – Chefe dos trabalhos. Mãe de Santo, chefe dos cultos. (feminino)
BABALAÔ – Pai-de-Santo. Chefe de terreiro. (masculino)
BABUGEM – Restos de comidas e bebidas que sobram no terreiro. Estes restos devem ser jogados sobre o telhado do terreiro ou despachado em alguidares, dependendo do ritual.
BACURO DE PEMBA – Filho de Santo.
BAIXAR – Termo que quer dizer incorporação das Entidades/Orixás nos médiuns. Esse termo designa que toda entidade que vem do Céu, ou seja, de Aruanda, baixe do céu para a Terra.
BALANGANDÃ – Enfeites e ornamentos. Podem também ser amuletos.
BALÊ – Casa dos Espíritos mortos (desencarnados)
BANDA – Termo utilizado para dizer em qual linhagem está ligado a Entidade.
BARRACÃO – Local de ritual, terreno, o terreiro fisicamente propriamente dito. O lugar principal do terreiro.
BASTÃO-DE-OGUM – Espécie vegetal de espada-de-São-Jorge.
BATER-CABEÇA – Ritual que quer dizer cumprimentar respeitosamente e humildemente. Consiste em abaixar-se aos pés do congar(altar) ou a uma Entidade Espiritual e tocar sua cabeça ao chão, aos seus pés. Representa respeito e humildade.
BATER PARA O SANTO – ato de percutir os atabaques usando o ritmo especial de determinado orixá.
BEJA – Cerveja branca.
BENTINHOS – Escapulário que traz pendurado no pescoço e contém orações, rezas e figuras de santos. Patuá.
BETULÉ – Machado feito de pedra e de bambú para designação de Xangô.
BILONGO – Amuleto muito usado por caçadores para proteção
BONGADO – dinheiro, moeda.

BOLAR NO SANTO – início incompleto de transe que ocorre com os médiuns não preparados.
BOMBO-GIRA – O mesmo que exu Pomba-Gira. Denominação de Pomba-Gira em Congo.
BORÍ – ato pelo qual filho de santo oferece sua cabeça ao orixá. Termo usado também cujo significado é cabeça.
BOTAR NA MESA – Quando um médium atente particularmente um consulente e através de um oracúlo (principalmente as cartas) procede a consulta e a orientação espiritual.

CABAÇA – Vaso feito do fruto maduro do cabaceiro depois de esvaziado o miolo. Utilizado também como moringa de bebida (água).
CABAIA – Assim é denominado uma túnica de mangas largas utilizada por médiuns e/ou cambones.
CABEÇA-FEITA – Denominação do médium desenvolvido e que já foi cruzado no terreiro, tendo já definido seu Orixá de cabeça. Médium que já passou pelo ritual do amaci.
CAIR NO SANTO – Transe mediúnico de quem ainda não está preparado para incorporar.
CALUNGA – Cemitério
CALUNGA GRANDE – Oceano, mar.
CAMBONO ou CAMBONE – Auxiliar de Médiuns de Incorporação e o Servidor dos Orixás. O cambone é o médium que teve o necessário desenvolvimento para poder auxiliar e entender os Guias nas necessidades das sessões. Auxiliar de culto.
CAMOLETE – Lenço branco de tamanho grande colocado na cabeça dos médiuns durante alguns rituais
CAMUCITÊ – Nome dado ao altar, congar ou pegi.
CANJIRA – Lugar onde são realizados algumas danças religiosas.
CANZUÁ ou CAZUÁ de QUIMBÉ – Terreiro, casa, tenda espiritual.
CATERETÊ – Designação de um ritual do Estado do Maranhão
CATULÁ – Termo usado em sessão que significa anular um trabalho maléfico.
CAVALO – Médium dos Guias de Umbanda.
CENTRO – terreiro, tenda de Umbanda, cazuá.

CHEFE DE CABEÇA – É um dos nomes como é designado o Guia-Chefe do médium de terreiro que tenha sido desenvolvido e cruzado no mesmo.
COISA FEITA – Quer dizer trabalho feito para levar o mal a alguém, despacho maléfico, feitiço, bruxaria.
CONGAR – Altar, pegi
CORPO FECHADO – Nenhum espírito maléfico pode incorporar no médium, ou nenhum espírito pode trazer o mal a pessoa que tem o corpo fechado.
CORREDOR DE GIRAS – Freqüentador que passa por vários terreiros, sem ter firmado compromisso espiritual com nenhum deles.
CREDO-EM-CRUZ – Interjeição que traduz espanto, admiração e repulsa.
CURIAU – Comida de Santo, despacho.

DANDÁ – Vegetal, espécie de capim, que exsuda um odor, muito usado em trabalhos, como banho e defumações em ritual de Umbanda.
DANDALUNDA – Outro nome dado a Janaína, Iemanjá, ou Mãe Dandá.
DAR COMIDA AO SANTO – Quer dizer o oferecimento de alimentos aos orixás, seja como parte do ritual, como pagamento de algum favor recebido.
DECÁ – Bracelete ritual que o filho-de-santo recebe após sete anos de sua primeira saída da camarinha (Candomblé)
DESCIDA – quando as Entidades Espirituais vão incorporar no médium
DESMACHE – Espécie de muleta usada em alguns terreiros como instrumento de Xangô
DESMANCHAR TRABALHOS – É tornar livre uma pessoa dos efeitos de trabalho de enfeitiçamento, como também beneficiar alguém que tenha sido vítima de magia negra.
DESPACHAR – Entregar ao Orixá o que é do Orixá. Despachar também é um termo usado para tudo que é sagrado, seja comida de santo, seja qualquer objeto sacro seja entregue num local adequado a cada Orixá.
DESPACHO – Anular um trabalho, desmanchar trabalhos de magia negra.
DIA DE OBRIGAÇÃO – É o dia de sessão quando os médiuns e os consulentes observam certos atos do ritual umbandista e cumprem

tudo quanto lhes é determinado pelos Guias.
DILONGA – Prato que representa uma das ferramentas, ou melhor, um dos utensílios de Ogum.
DOBALÊ – É assim chamada a saudação dos médiuns que possuem guias femininos.
DOLOGUM ou DILOGUM – Guia com 16 fios.

EBAME ou EBAMI – Filha de Santo com mais de 7 anos.
EBI – Serpente que é representada por um ferro retorcido, fazendo parte da ferramenta de Xangô, colocada junto com o machado.
EBIANGÔ – Planta muito usada pelos negros em amuletos e que é tida como portadora de virtudes mágicas, como por exemplo, afastar espíritos maléficos.
EBIRI – Símbolo de Oxumaré
EBÔ – Despacho. Presente para Exu. Oferta que se oferece em encruzilhadas ou em qualquer outro local.

EBÓ – Líquido com vários vegetais não fermentados, sendo preparado para diversos casos: Banhos, banhos para a cabeça, limpeza de ambiente, etc.. Cada ebó tem um preparo diferente para cada situação diferente. Antes de ser usado, é benzido (cruzado) por um Guia.
EBOMIM – Designação do médium feminino quando conta mais de 7 anos desenvolvimento.
EGUNGUN – Materialização de encarnados. Aparição. Evocação de Ancestrais e Espiritos Protetores.
EGUNS – Espíritos desencarnados. Almas.
EJILÉ – Pomba que é destinada ao sacrifício com a finalidade de ser empregada em algum trabalho.
EKEDI ou EQUÉDE – São as auxiliares femininas das Mães-Pequenas. Ekedis não incorporam, mas tem autoridade sobre as Entidades como uma Mãe Pequena.
ELEDÁ – Pais de Cabeça
ELEGBÁ – Espírito Maléfico
ENCANTADO – Ser que não morreu, foi arrebatada.
ENCOSTO – Espírito que consciente ou inconsciente, aproxima-se da pessoas vivas, prejudicando em diversos setores da sua vida (econômica, saúde, pessoal, familiar, amorosa).
ENCRUZAR – Ritual umbandista no início de um período ou sessão, consistindo em fazer uma cruz com a pemba na nuca, na palma da mão, na testa do médium e na sola do pé. Isso fecharia o corpo do médium e protegeria, fortificaria sua mediunidade e ajuda também a estabelecer uma ligação mais firme com os Guias Espirituais. No encruzamento dos médiuns é entonado um canto próprio para a ocasião
ENDÁ – Diz-se a coroa imaterial que acompanha o médium em desenvolvimento após a iniciação. Sinônimo de aura.

ERÊ – Espírito infantil. Criança
ERÓ – Segredos e Ensinamentos revelados aos médiuns no terreiro em seu desenvolvimento.

ERUEXIM – Rabo de cavalo, espécie de espanador usado por Iansã
ESPIRITISMO DE LINHA – Designação dada a Umbanda e as sessões no terreiro.
ESPIRITISMO DE MESA – Designação dada a Umbanda nas sessões de cura por médicos incorporados.
EXÊS – Partes dos animais sacrificados para serem oferecidos aos Orixás.

EXPRESSÕES USADAS NA UMBANDA:

Abó – banho de odor desagradável, em cuja composição entram várias ervas.

Agô – licença, permissão.

Alguidá – bacia de barro para diverso usos e finalidades.

Amací – banho de ervas, feito para lavar a cabeça.

Amalá – comida que se dá aos Orixás.

Aruanda – astral superior, onde vivem os Orixás.

Atabaque – tambor usado para acentuar o ritmo dos pontos.

 

Baba ou Babalorixá – Mãe de Santo; Chefe de terreiro.

Baixar – incorporar, descer o Guia.

Burro – denominação dada aos médiuns por alguns Exús.

Búzios – conchas marítimas usadas por Pai de Santo do Candomblé para consultar os orixás.

Calunga grande – mar, oceano.

Calunga pequena – cemitério.

Cambone ou cambono – auxiliar ou assistente do Orixá.

Camutuê – cabeça

candomblé – ramos dos cultos afros-brasileiros.

Canela-preta – soldado de polícia.

Carregado – cheio de maus fluídos.

Catatau – charuto.

Despacho- ato de despachar as ofertas ou coisas de que se queira livrar.

Ebó – presente, oferenda.

Egum – espírito de morto.

Encosto – obsessão de espíritos perturbadores.

Erês, ibejeda ou ibeji – espíritos que conservam o psiquismo de criança.

Exús – espíritos neutros; Orixá de esquerda, identificado erroneamente por muitos como sendo o diabo, qualquer espírito que faz o mal.

Filho- de-fé – adepto da Umbanda. Médium em desenvolvimento.

Filho de santo – médium com batismo na Umbanda, com o Guia Identificado.

Fundanga ou tuia – pólvora.

G

Guerreado – local de trabalho.

Gira ou engira – sessão de Umbanda; trabalhos espirituais.

Guia – protetor do médium; colar de contas, pedra ou metal.

I

Iabá – cozinheira especializada em preparar a comida de santo.

J

Jacutá – altar, terreiro.

Juremá – local na mata astral, onde vivem os Caboclos.

M

Mãe ou Pai pequeno – auxiliar imediata da Mãe ou Pai de Santo.

Mãe de Santo – mulher dirigente do terreiro, ou médium coroada.

Macaia – casa, lar, domicílio.

Maleime – perdão, desculpa.

Marafa ou marafo – aguardente, qualquer tipo de bebida alcoólica.

Médium – intermediário entre os Guias e os homens.

Mironga – segredo, mistério.

Moça ou moça bonita – Pomba Gira.

O

Oferenda – presente para os Orixás.

Ogan – tocador de atabaque.

Oló, ir a oló ou ir ao ló – ir embora, subir (a entidade).

P

Patuá – talismã usado para dar sorte ou proteção.

Pegí – altar, o mesmo que congá.

Pemba – giz especial com que se riscam os pontos.

Perna de calça – homem.

Piau – frango, galinha ou ave na linguagem dos Exús.

Ponteiro – punhal.

Ponto cantado – cântico entoado às entidades.

Ponto riscado – desenho feito no chão ou numa roda, que simboliza as armas da entidade; o mesmo que a “assinatura” do Guia.

Q

Quimbanda – conjunto de linhas a quem pertencem quiumbas, ou exús malévolos.

Quiumba – rabo de encruza, espírito trevoso, sofredor que só faz o mal.

R

Rabo de saia-mulher.

S

Saravá – cumprimento comum e geral na Umbanda, o mesmo que “salve”.

T

Tenda – templo, igreja ou local onde se realizam os cultos.

Terreiro – tenda, templo, local onde se realizam sessões de Umbanda.

Toco – vela, charuto, cigarro, banco.

PALAVRAS FINAIS

Nós da ABTUCMM acreditamos em um DEUS único, independente do credo religioso, seja ele reverenciado e chamado pelos mais variados nomes. Respeitamos todos os credos religiosos, da mesma forma que queremos respeito para o nosso. Não existe boa ou má religião, existem pessoas que ignoram a lei de Deus. “Existem diversos caminhos que levam ao PAI”.

Vemos a Umbanda como o caminho que nos levará à Deus, nosso Pai, criador de todas as coisas; por esta razão buscamos soluções e meios para melhora-la no que diz respeito ao dialogo, a irmandade tendo como meta a união sem imposições de culto, doutrina ou preceitos, mas de objetivos comuns respeitando cada linha doutrinaria, cada forma de se praticar a Umbanda e todas as demais religiões existentes no planeta.

Biguaçu, Dezembro de 2001.

Eldeni Fernandes Camargo

Ajude-nos a manter este manual sempre atualizado. Enumere suas dúvidas ou sugestões e nos devolva.

BIBLIOGRAFIA UTILIZADA

Ensinamentos das Entidades da ABTUCMM

www.feco.hpg.com.br

Conheça a Umbanda – J. Edison Orphanake – 2ª Edição

O Ritual da Umbanda – Vera Braga de Souza Gomes

O Evangelho na Umbanda – Jota Alves de Oliveira

EM DEFESA DE SEUS DIREITOS

Em tempos idos, o Homem materialista e ligado quase que exclusivamente aos atos e fatos físicos que o circundavam, tomado de crise existencial, resolveu traçar um caminho que o fizesse resgatar a verdadeira finalidade de sua existência.
Ao lado desta meta sincera de busca do elo de ligação para com o Criador, daí o nome Religião, do latim religare, grupos discrepantes e oportunistas vislumbraram a conveniência de se valer deste movimento para interesses que a moral e a ética sempre repeliram. A partir daí, deu-se uma dicotomia de aspirações, com grupos realmente preocupados com o reatamento em relação à Ordem Espiritual Superior, e outros desejando apenas interesses escusos e efêmeros ao Ser Humano.
O Brasil, como quase todos os países, não ficou imune a este processo religioso de luta pelo poder. Teve início com a própria colonização, onde as esquadras portuguesas aportavam na Bahia trazendo em suas comitivas representações religiosas (católicas), que tinham missão precípua de catequizar os nativos da Terra de Santa Cruz e exterminar os cultos indígenas acaso existentes. As religiões ameríndias foram as primeiras a sofrerem tal perseguição, que depois direcionou-se aos cultos africanistas.
Na atualidade, com a crescente globalização da economia e concentração de riquezas nas mãos de poucos, o fenômeno miséria adquiriu proporções jamais vistas. Alguns tendo acesso a tudo, e a grande massa não tendo como suprir suas necessidades básicas.
Em meio a esta instabilidade social, surgiram no Brasil alguns segmentos “religiosos” que, ávidos por interesses financeiros e utilizando as mesmas táticas de submissão religiosa, apenas com roupagem nova, não têm poupado esforços no sentido de denegrirem outras religiões.
Promovem para isto escárnio a nossos irmãos, incentivam invasões a templos, vilipendiam objetos de culto, tomados de colérico e insano ódio para conosco.
Diante destes fatos, nós, Umbandistas, devemos estar cientes que a Constituição Federal de nosso país, conjunto de princípios morais, éticos, econômicos e jurídicos que regem as relações sociais, não se omitiu diante das injustiças impostas àqueles que, por opção, resolveram seguir caminhos diferentes de religiosidade.
Assim, no título destinado aos Direitos e Garantias Fundamentais, mais especificamente nos incisos VI e VIII do artigo 5º, a Carta Magna assegura ao indivíduo a inviolabilidade da liberdade de crença, sem que seja privado de direitos por abraçar esta ou aquela religião. E mais. Assegura o livre exercício dos cultos religiosos e garante proteção aos locais de culto e suas liturgias. Da mesma forma, os incisos V e X do mesmo artigo asseguram ao ofendido o direito de resposta, proporcional ao agravo, além de indenização por Dano Moral, Material ou à Imagem, indenização esta extensiva aos casos de violação da intimidade, da vida privada e da honra das pessoas.
O Código Penal, também fonte de proteção para os Umbandistas, fez inserir em seu texto o crime de Ultraje a Culto e Impedimento de Ato Relativo a Ele, consubstanciado em seu artigo 208, que prevê pena de detenção de 1 mês a 1 ano, ou multa, para quem escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto.
De forma cabal, os trechos acima transcritos afirmam que qualquer tentativa obstativa à prática de Umbanda, dá direito ao ofendido, seja ele pessoa física ou jurídica, de pleitear unto ao poder judiciário providências penais e extra-penais para que tal impecilho não prospere.

Cabe exclusivamente aos Umbandistas a tarefa de repelir investidas facciosas, primeiro estudando e difundindo os princípios de fraternidade da Umbanda; segundo, utilizando os meios legais de defesa em caso de injustas agressões.
Devemos estar preparados para as intempéries cotidianas, de modo a anularmos quaisquer tentativas espúrias tendentes a menosprezar nossos passos fraternos de amparo espiritual e material aos necessitados.

A UMBANDA E A LEI Nº 9.459/97

Em 13 de maio de 1997 (Dia consagrado aos queridos Pretos-Velhos), a Umbanda e outros segmentos religiosos, vítimas de preconceitos e segregação, levados a termo por setores essencialmente materialistas e ignorantes, e que têm como finalidade matriz o enriquecimento ilícito, ganharam substancial reforço com a decretação pelo Congresso Nacional e sanção pelo Presidente da República da Lei nº 9.459/97.
Reflexo dos contínuos e contundentes ataques de alguns segmentos protestantes a religiões como a Umbanda e o Candomblé, o advento desta norma penal é fruto da preocupação dos congressistas e da sociedade em não ver instalada no Brasil a “guerra religiosa”, país em que, por sua natureza, sempre houve paz entre as várias religiões, cada uma de per si procurando implantar a moral, a conduta e os valores que o Mestre Jesus fixou como ponto de partida para o progresso da humanidade.
Infelizmente, fatos como o vilipêndio à imagem de Nossa Senhora Aparecida (qualificativo de Maria, mãe carnal de Jesus), e a divulgação em rádios, redes de televisão e periódicos (jornais, revistas etc.) de reputação duvidosa, de informações distorcidas a respeito de fatos que de religiosos nada têm, ainda continuam a acontecer e devem servir de alerta, principalmente a nós umbandistas.
Devemos, diante disto, estarmos vigilantes ante a eventuais agressões a nós, pessoas físicas, e ao movimento religioso que abraçamos.
Com o intuito de levarmos a todos o conteúdo dos novos meios legais de defesa de nossa querida Umbanda, segue abaixo a Lei nº 9.459/97, nos tópicos que nos interessam:

O Presidente da República
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

“Os artigos 1º e 20 da Lei nº 7.716/89 (lei que pune os crimes resultantes de raça e cor), passam a vigorar com a seguinte redação:
Artigo 1º – Serão punidos na forma da Lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, RELIGIÃO, ou procedência nacional”.
Artigo 20 – Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, RELIGIÃO, ou procedência nacional:
Pena: Reclusão de 01 a 03 anos e multa.
Parágrafo primeiro: …………………
Parágrafo segundo: Se qualquer dos crimes previstos neste artigo é cometido por intermédio de meios de comunicação social ou publicação de qualquer natureza:
Pena: Reclusão de 02 a 05 anos e multa.
Parágrafo terceiro: No caso do parágrafo anterior, o juiz poderá determinar, ouvido o Ministério Público (promotores de justiça) ou a pedido destes, ainda antes do Inquérito Policial, sob pena de desobediência:
I – O recolhimento imediato ou a busca e apreensão dos exemplares do material respectivo;
II – A cessação das respectivas transmissões radiofônicas e televisivas.

O artigo 140 do Código Penal (crime de Injúria), fica acrescido do seguinte parágrafo:
Artigo 140 – parágrafo terceiro – Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, RELIGIÃO, ou procedência nacional:
Pena: Reclusão de 01 a 03 anos e multa.

Fernando Henrique Cardoso
Presidente da República

Ervas

AS PLANTAS E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA OS SERES HUMANOS

Utilização Energética das Plantas

Alecrim Verde-rósea Ajuda a perdoar mágoas
Alfazema Azul-índigo e rosa Aumenta a autoconfiança
Anis-estrelado Azul-clara e rosa Ajuda na entrega dos sentimentos e no desprendimento das emoções
Arnica Vermelha Promove a concentração de pensamentos e idéias dispersas
Artemsia Verde e amarela Estimula a ação e a manifestação das idéias
Arruda Vermelha Limpa a aura das sujeiras astrais
Babosa Laranja Ajuda no desligamento mental
Beldroega Mistura de cores Dá equilíbrio para iniciar novas fases da vida
Camomila Amarela e violeta Ajuda a cultivar a paciência e a confiança
Cânfora Rosa e violeta Promove o desprendimento material
Catinga-de-mulata Amarela Limpa a aura das sujeiras astrais
Capuchinha Laranja e verde Promove o sentimento de integridade e equilíbrio
Carqueja Amarela e verde Limpa o corpo das velhas emoções
Confrei Verde, laranja e rosa Estimula o sentimento de segurança pessoal
Dente-de-leo Verde e laranja Traz coragem para enfrentar os obstáculos
Erva-cidreira Verde e violeta Ajuda na tomada de decisões importantes da vida
Guiné Vermelha Limpa o corpo de energias negativas
Hortel-pimenta Verde, rosa e violeta Libera as energias presas promovendo o desprendimento delas
Mil-folhas Laranja e verde Purifica o corpo de traumas e sentimentos negativos
Sabugueiro Verde-clara Ajuda na tomada de rápidas decisões
Slvia Laranja, verde e índigo Dá ânimo para colocar em movimento todas as energias do corpo
Tanchagem Verde escuro Estimula a iniciativa, sem esperar retorno das ações

Encantamentos e rituais

Um dos pontos mais explorados no reino da magia das plantas é o seu uso como elemento facilitador em determinadas situações de nossas vidas. Esse uso é feito por meio de encantamentos e rituais que empregam, além das plantas, os minerais e os elementos animais, muitas vezes misturados em complexas fórmulas mágicas.

Esses conhecimentos nos foram legados pelos herboristas, alquimistas, botânicos e sacerdotes do passado. Seus conhecimentos por vezes se perderam, restando apenas informações dispersas e pouco consistentes que ainda assim provocam grande curiosidade na maioria das pessoas.

ALGUNS USOS ENCANTATÓRIOS DAS PLANTAS

Como afrodisíaco: cravo-da-ndia, baunilha, canela, camélia, cardamomo, coentro, levístico, pimenta-da-jamaica, pimentas cápsico, laranja-azeda, flor de datura, abrótano, jasmim, ilangue-ilangue, pimenta-do-reino, patchouli, slvia esclaréia, sndalo, rosa.

Para ajudar na meditação: ênula, zimbro, bálsamo-de-tolu, ciperácea, slvia esclaréia, giesta, glicínia, sndalo, cálamo-aromático, magnlia, mirra.

Para atrair sorte: canela, jasmim, lótus, jacinto, baunilha, cumaru, gerânio, noz-moscada, bergamota, cipreste.

Para atrair sucesso e promoção na carreira: azaléia, cravo-de-defunto, olbano, hortel-pimenta, erva-cidreira, hissopo.

Para atrair um amor: ervilha-de-cheiro, lótus, jacinto, baunilha, btula, camélia, coentro, lírio-florentino, rosa, cumarina, laranja-azeda.

Para estimular a clarividência: aafro, capim-limo, louro, anis-estrelado.

Para estimular a mente: Babosa, aipo, cânfora, ênula, zimbro, anis-estrelado, estoraque, funcho, madressilva, cacto, clamo-aromtico, gengibre.

Para estimular sonhos proféticos: peônia, mimosa, amarílis, giesta.

Para limpar os ambientes de energia negativa: cânfora, comigo-ninguém-pode, guiné, arruda, alecrim, espada-de-são-jorge.

Para melhorar as finanças: camomila, olbano, alfazema, erva-cidreira, cedro, hissopo, cipreste, abbora.

Para promover amizades: ervilha-de-cheiro, urze, citronela, erva-cidreira, cumarina.

Para proteger contra magia negra e negatividade: alecrim, louro, jasmim, cenoura, violeta, hortel-pimenta, verbena, assa-ftida, gerânio, manjerico, patchouli, hissopo, noz-moscada, bergamota.

Para purificar os altares e untar equipamentos ritualísticos: falsa-acácia, flor de maracujá, jacinto, benjoim, rosa, slvia, mirra.

Para trazer paz e harmonia às relações: gardênia, alfazema, narciso, urze, violeta, hissopo.

USO DAS PLANTAS EM DEFUMAÇÕES
Proteção do Lar
• Lágrima-de-nossa-senhora (raiz)
• alecrim (folhas secas)
• Alho (casca)
• Incenso de igreja (resina em grãos)
• Carvão vegetal

… enfim, algumas flores e plantas ficaram famosas como poderosos afrodisíacos. Coletei algumas informações sobre esse assunto e vejam só quantas coisas interessantes acabei descobrindo:
Rosa (Rosa sp.): Uma das flores mais famosas é, também, considerada um afrodisíaco. Ninguém menos que Cleópatra, a rainha do Egito, a utilizava com essa finalidade. Conta-se que a rosa era um dos ingredientes básicos de suas receitas de beleza e, além disso, a sábia rainha cobria seu leito com pétalas de rosas para garantir uma “tórrida noite de amor” com seu amado Marco Antônio. O óleo de rosas era muito usado pelas mulheres do Oriente – elas o espalhavam por todo o corpo, ao se prepararem para o amor. Durante as pesquisas, descobri uma receita de Geléia com Pétalas de Rosas

Geléia com Pétalas de Rosas

Escolha uma panela de ágata ou de vidro. Separe as pétalas de 12 rosas, lave-as em água corrente e coloque-as para cozinhar em um litro de água filtrada, até que fiquem macias. Para cada xícara (chá) do preparado, adicione ¾ de xícara (chá) de açúcar. Junte 3 colheres (sopa) de limão, misture bem e mantenha no fogo brando até chegar ao ponto de geléia. Mexa de vez quando, durante o cozimento, para não grudar no fundo da panela.

considerada infalível, quando o assunto é despertar o amor. Aqui, é necessária uma observação importante: no preparo da geléia, nunca se deve utilizar rosas tratadas com inseticidas, fungicidas ou qualquer outro produto químico. Se quiser mesmo preparar a geléia, sugiro que produza seu próprio ingrediente pois, além do prazer de cultivar uma roseira, você estará garantindo que as flores estarão livres de qualquer substância tóxica.

Jasmim (Jaminum officinalis): Outra flor considerada afrodisíaca há séculos. Várias

espécies de jasmim apresentam um perfume doce e envolvente. O óleo desta flor – um dos mais caros do mundo – é usado como ingrediente na preparação dos mais valiosos perfumes que hoje existem no mercado (o Chanel no. 5 é um deles). Muito ligado ao aspecto feminino, o jasmim inspirava as canções ardentes e lascívas dos poetas árabes. Era, também, uma das flores mais usadas pelas “favoritas” dos sultões, ao se enfeitarem para as longas noites de amor. Além disso, elas tomavam um banho com óleo de jasmim e, depois, espalhavam-no pelo corpo em massagens sensuais. Para os hindus, esta flor está intimamente ligada ao amor e, por isso, ainda hoje é utilizada na montagem de grinaldas nupciais.
Sobre o óleo de jasmim, é interessante reproduzir as palavras de Marcel Lavabre, em sua obra “Aromaterapia, a Cura pelos Óleos Essenciais”: “Graças aos supremos poderes sensuais, o jasmim é o melhor afrodisíaco que a aromaterapia pode oferecer. No entanto, não deve ser considerado um mero estimulante para o sexo. O jasmim desfaz a inibição, solta a imaginação e deixa a pessoa num estado jubiloso. Num certo sentido, o poder do jasmim só pode ser experimentado por completo por quem se ama de verdade, pois ele transcende o amor físico e libera toda a energia sexual tanto do homem quanto da mulher. É o melhor estimulante do chakra sexual”.

Ylang Ylang (Cananga odorata): Assim como o óleo de jasmim, a aromaterapia considera o óleo obtido das flores do Ylang Ylang um poderoso afrodisíaco, que estimula o apetite sexual aguçando os sentidos. Aplicado em massagens ou simplesmente vaporizado no ambiente, acredita-se que esse óleo essencial é capaz de maravilhas. Na Indonésia, por exemplo, era costume cobrir a cama dos recém-casados com flores do Ylang Ylang., para inspirar uma ótima noite de lua-de-mel.

Sândalo (Santalum album): Considerada uma árvore sagrada na Índia. Existem registros em documentos antigos escritos em sânscrito e chinês que atestam seu uso como incenso em cerimônias religiosas e rituais onde se busca a elevação da alma. A destilação da madeira interna produz um óleo grosso e amarelado, de fragrância doce, picante, intensamente oriental. Na aromaterapia, o óleo de sândalo é utilizado no tratamento de problemas ligados ao aparelho genito-urinário, especialmente impotência e frigidez. Por sua ação tônica e estimulante das funções sexuais, é considerado um afrodisíaco.

Catuaba (Trichilia catigua): Este afrodisíaco tipicamente nacional tornou-se conhecido no internacionalmente A planta, abundante no Brasil, é usada na forma de chás e tinturas. Acredita-se que suas propriedades estimulantes (como as do guaraná) atuem combatendo o stress e aumentando a disposição orgânica.

Ginseng (Panax ginseng): A raiz do ginseng, contorcida e ramificada, lembra uma figura humana. Chineses e indianos consideravam a planta um afrodisíaco, pois ao agir contra o stress, o cansaço e a falta de energia, melhoraria o desempenho sexual, equilibrando o indivíduo como um todo.

Jacinto (Hyacinthus): – A raiz desta flor era utilizada cozida, para tratar tumores dos testículos. Considerada uma flor masculina, era usada por povos antigos como um tônico para aumentar o vigor e o desempenho sexual nos homens.

Narciso (Narcissus poeticus): Os bulbos são muito ricos em vários alcalóides e um deles – a narcisina – mesmo sendo utilizado na medicina popular é altamente tóxico. Tidos como potentes afrodisíacos, os bulbos do narciso eram usados no preparo de infusões, “filtros do amor” e, principalmente, na produção de uma água destilada que aumentaria a secreção de esperma. Mas, é provável que o efeito produzido era mais narcótico do que estimulante.

Guaraná (Paulinia cupana): Quando os primeiros europeus chegaram ao Brasil, os índios já consumiam o guaraná como alimento e para afastar o cansaço. A planta foi estudada pela primeira vez pelo botânico Karl von Martius que, em 1826, visitou a região amazônica. Sua fama como afrodisíaco viria do fato de que a planta apresenta propriedades tônicas e estimulantes que afastam o esgotamento físico e mental, aumentando a disposição geral do organismo.

Tomilho (Thymus vulgaris): Desde a Antigüidade, o tomilho tem sido amplamente usado em terapias por suas propriedades estimulantes e purificadoras. O aroma desta planta é considerado energizante. Uma tradição muito antiga recomendava que, no final de um dia cansativo, era só amassar levemente entre as mãos alguns ramos de tomilho e aspirar o perfume para recuperar a energia e aumentar a disposição para o sexo. Não há comprovação científica que ateste o efeito, mas também não há qualquer contra-indicação – assim, não custa nada experimentar…

Urucum (Bixa orellana L.): O urucum tornou-se muito conhecido graças ao pigmento extraído de suas sementes. Originária da América tropical, é planta espontânea na região que vai das Guianas até a Bahia. A pintura do corpo com o pó de urucum faz parte das tradições indígenas, sendo usada há séculos, em cerimônias e rituais. Na medicina popular, o urucum é utilizado desde o século XVII. Os indígenas usam o pó das sementes como afrodisíaco e como um remédio contra a intoxicação pela ingestão da mandioca-brava.

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O poder da arruda
Ensinamento de Pai Benedito

Receita para os olhos de videntes, crianças e adultos como limpeza da videncia, higiene é importante e a erva sagrada dos pretos velhos e benzedeiras revelado ao grupo.
Primeiro colha a erva fresca e lave bem com agua filtrada, compre um conta gotas limpo,soque em um pilão até as ervas  enviar liquido verde,aplique de uma ou duas gotas no olhos  para limpeza de videntes,tersol e conjuvite, isso em um dia vc acaba com estas pragas de sujeira vindo do ar.

Outra receita contra parasitas espirituais e fisicos como o piolho,como acabar com arruda, pegue meio litro de alcool e encha com arruda e deixa em enfusão pelos menos 24 hrs elemetos fogo, em combustão, para queimar as lendeas e matar os parasitas, recomendo para pessoas adultos e infantis de 6 anos para cima cuidado não fazer isso em criança menor por causa da moleira mole não deve usar este elemento..
Depois que alcool estiver fundido com arrruda vc passa e abafa com touca os cabelos todo deve ser molhado ,abafa com touca ou saco plastico vai coçar,porque as pragas vão correr e abafado pelo elemento não consegue sobreviver.
repita isso por 15 dias pode alguma lendea ou ovo sobreviver ,ele vai crescer e em quinze dias esta pronto para ser exterminado.
Agora os dos olhos é recomendado para até criança de  ano com conjutivite, já fiz o teste e funciona,lembrando sempre da higiene,nada impuro deve entrar nos olhos ,só a gota e não arde,limpa até olhos vermelhos fica claro como cristal.

GUIAS DE SEGURANÇA

É muito comum adentrar-se em um Terreiro de Umbanda e ver os médiuns usando guias de segurança. Entretanto se perguntar-mos o porquê do uso de determinada guia, sua cor, sua maneira de ser colocada no corpo, etc. a grande maioria não sabe responder. O que consiste um lamentável descuido do chefe do terreiro.

Ao usar uma guia, o médium deve saber o porquê e a importância dela.

Em princípio a guia deve ser confeccionada pelo chefe do terreiro sob a orientação da Entidade a qual a mesma se destina, ela mesma (a Entidade) dirá quais as cores, o numero de contas, a seqüência de como serão colocadas as contas e se quer medalha ou arma ou ainda algum tipo de semente.

Após estas coordenadas o chefe de terreiro confecciona a guia, incluindo nela uma conta de Oxalá, uma conta da cor do seu próprio Guia de frente, ou seja da Entidade que Chefia os trabalhos daquela branda e que ira preparar a guia para posterior uso pelo médium.

Desta forma, o médium dirá através da sua guia, sua descendência espiritual e a descendência espiritual do chefe do terreiro que ele freqüenta.

Os médiuns iniciantes devem usar somente guia de Anjo de Guarda.

Somente os médiuns femininos que trabalham com Entidade masculinas, ou médiuns masculinos que trabalham com Entidades femininas podem e devem cruzar a guia da entidade; ou seja, ao invés de colocar no pescoço caindo sobre o peito, a mesma deve ser colocada no pescoço, descendo sob o braço, caindo ao lado.

Toda e qualquer guia deve ser confeccionada com contas de cristal ou sementes, jamais use material plástico para essa finalidade.

Lembre-se de que o uso da guia de segurança è por necessidade, não porque se acha bonito ou porque cause maior respeito, pois se ela não for de alguma entidade que trabalhe com você, não surtira nenhum efeito e de pouco valera usá-la.

GUIAS E PROTETORES DA UMBANDA

Os médiuns de Umbanda, embora mantendo nomes de Orixás em seus cultos ou rituais, sem dúvida alguma não trabalham com eles, isto é, não se deixam envolver em suas vibrações, mas incorporando Guias e protetores que são espíritos que estiveram encarnados na terra. Aí a diferença básica entre a Umbanda e o Candomblé ou cultos de Nações, como são vulgarmente chamados.

GUIAS UMBANDISTAS

CABOCLOS: espíritos de índios e mestiços, notadamente os das tribos Tupi-Guarani; são silvícolas brasileiros que viveram antes e depois da descoberta do Brasil. Há certa analogia com Oxossi, orixá africano, dadas as características de ambientes: MATAS

PRETOS VELHOS: Espíritos de negros e negras que morreram à época do cativeiro.

ERES: Espíritos que mantém o psiquismo infantil e crianças brancas, negras e índias que morreram em tenra idade.

BAIANOS: Espíritos que quando encarnados, habitavam a Bahia ou nordeste do Brasil.

MARINHEIROS: pessoal que morreu nos mares ou eram marinheiros.

BOIADEIROS: Vaqueiros que trabalhavam nos sítios e fazendas, aí morrendo.

CIGANOS: Espíritos de ciganos, pertencentes as mais variadas tribos, que querem difundir suas crenças e costumes.

POVO D AGUA: Espíritos ainda envoltos em mistérios, pois raramente falam e emitem um canto triste e mavioso.

EXÚS: Entidade muito controvertida, uns acham que só trabalham para o mal. Não é verdade. Eles têm um senso de justiça muito apurado conhecem a magia e a usam bem. Tanto fazem o mal, como podem fazer o bem, depende muito da direção que o médium dá a essas entidades.

QUIUMBAS OU RABOS DE ENCRUZA: muitas vezes confundidos com Exú, são espíritos malfeitores, ladrões, bêbados que só fazem o mal e obsedam criaturas. São almas errantes, com a condição de serem maldosos.

EGUNS: espíritos de gente comum, tidas como sofredores, levianos, zombeteiros ou perturbados que não aceitaram ou não perceberam ainda a condição de falecidos e que se encostam a encarnados, transmitindo-lhes suas dores, idéias, doenças, sofrimentos físicos e morais que os vitimaram, vícios e outras perturbações, sem, entretanto, terem conhecimento disso. Normalmente depois de doutrinados e orientados, deixam a pessoa em paz e procuram o seu próprio crescimento espiritual, vindo, muitas vezes a auxiliar a própria pessoa que antes obsedavam.

RITOS CERIMONIOSOS

BATER CABEÇA

Porque, bater cabeça?

Antes de ser uma tradição, um rito (cerimônia), da Umbanda, é o primeiro e principal ato de humildade e resignação de um filho de fé.

Ao adentrarmos em um Terreiro (seja p/ trabalhar ou visita), é nossa “obrigação”, saudarmos primeiramente ao peji (conga) , reverenciando Oxalá, a Entidade dona da casa e todas as Entidades da casa.

Pedimos a proteção aos nossos Orixás de cabeça (quando conhecidos) e nosso Anjo da Guarda.

Em seguida, sauda-se o atabaque, pedindo licença e proteção ao dono da casa.

Saudamos o tambor, por este ser, um dos pontos da “firmeza” da Casa.

Saudamos a Tronqueira (sempre na direção da porta ou porteira, ou ao lado oposto do Conga.

Batemos cabeça para a Chefe do Terreiro.

NOTA: Não batemos cabeça para Exu!

Mas, temos e devemos ter todo o respeito e carinho por nossos irmãos de sina e de destino, afinal eles são Orixás e entidades igualmente aos “Santos”.

A saudação a Exu, ajoelhamos com o joelho esquerdo e tocando com a mão esquerda o solo, reverenciamos aos Maiorais da Casas e Guardiões, pedindo licença e proteção p/ os trabalhos que irão se iniciar. Pedimos também, que essas entidades possam nos resguardar de espíritos baixos (kiumbas), afim de não atrapalharem o bom andamento da Gira.

SIMPATIAS

Para quem tem casos na justiça

Material necessário:
12 quiabos lavados e secos
12 moedas de qualquer valor
1 pedaço de papel branco

Como preparar:
Colocar os quiabos e as moedas no papel e fazer um embrulho.
Faça seus pedidos.
Deixe este pacote em sua gaveta por 12 dias.
Após este período, coloque as moedas na caixa coletora de uma igreja e os quiabos num jardim.

Para conseguir guardar dinheiro

Material necessário:
1 lata pequena com tampa
1 xícara de farinha de trigo
1 colher de sobremesa de fermento
Água
1 nota de 1 Real
1 moeda antiga

Como preparar:-
Misture a farinha com o fermento, e vá colocando água até formar uma massa.
Deixe descansar por ½ hora.
No fundo da lata, coloque a nota e a moeda e por cima a massa já crescida, tampe a lata e deixe em sua casa por 3 dias.
Após este período, coloque-a num jardim.
Enquanto estiver preparando a simpatia, faça o seu pedido.


Para não faltar dinheiro na sua carteira

Material necessário:
3 grãos de milho de galinha
3 moedas de qualquer valor
1 pedaço de pano branco pequeno

Como preparar:
Com o pano faça um saquinho, coloque tudo dentro dele e feche-o.
Coloque este saquinho na sua carteira.

Para afastar invejas da sua vida

Material necessário:
1 pedaço de pano branco
1 ferradura pequena
7 moedas
1 folha de louro
1 galhinho de Arruda
1 folha de hortelã

Como preparar:
Com o pano branco faça um saquinho e coloque a ferradura, as moedas e as folhas dentro dele, feche-o.
Coloque dentro de seu bolso ou bolsa, trazendo sempre consigo.

Para tirar o olho gordo da sua casa

Material necessário:
1 olho de boi ( semente)
1 ferradura pequena
7 moedas de qualquer valor
1 pedaço de pano verde pequeno

Como preparar:
Com este pano, faça um saquinho e coloque dentro todos os ingredientes e feche. Este patuá deve ficar atrás da porta da sua casa

PARA CONSEGUIR UM BOM EMPREGO

Na fase da Lua Cheia.

Pegue o caderno de empregos de um jornal. Retire uma página e dobre em quatro partes sem ler as ofertas de trabalho. Ponha o jornal no chão e acenda sobre ele uma vela branca pequena. Em volta da vela coloque mel e pó de canela. Depois que a vela queimar até o fim, faça uma mentalização positiva, imaginando você num novo e ótimo emprego com uma boa remuneração.
Enterre os restos da vela e do jornal num vasinho de plantas e regue diariamente até conseguir um emprego. Esta simpatia nunca falha.

PARA GARANTIR UMA BOA COLOCAÇÃO AO SER ENTREVISTADO PARA UM TRABALHO

No quarto crescente da lua.

Quando você for chamado para uma entrevista de trabalho, coloque do lado esquerdo da boca um cravo da Índia e vá com ele à entrevista.

PARA ALCANÇAR UMA GRAÇA

Durante a lua crescente ou cheia.

Num ponto mais elevado do que a sua cabeça, acenda três velas brancas de três dias. As velas devem estar num pires branco com água e açúcar.
Reze para os seus três Anjos protetores, solicitando a obtenção da graça dentro de três dias.
No terceiro dia, mande publicar num jornal esta simpatia.
No quarto dia você alcançará a graça pedida.

SIMPATIA PARA TER SORTE E ATRAIR UM TRABALHO NOVO

Na fase da Lua Cheia.

Pegue o caderno de empregos de um jornal. Retire uma página e dobre em quatro partes sem ler as ofertas de trabalho. Ponha o jornal no chão e acenda sobre ele uma vela branca pequena. Em volta da vela coloque mel e pó de canela. Depois que a vela queimar até o fim, faça uma mentalização positiva, imaginando você num novo e ótimo emprego com uma boa remuneração.
Enterre os restos da vela e do jornal num vasinho de plantas e regue diariamente até conseguir um emprego. Esta simpatia nunca falha.

RECEITAS PARA COMBATER A INSÔNIA

20 g de folhas de maracujá ou flor-da-paixão
50 g de flores de camomila
20g de cones de lúpulo
10 g de pétalas de papoula comum

Triturar e misturar bem.
Adicionar uma colher e meia (das de sopa) da mistura a uma xícara de água fervente, tampar e aguardar dez minutos.
Coar e tomar bem quente, antes de se deitar.

II

60 g de alface (com o talo central, inclusive)
1 litro de água

Deixe ferver durante 10 minutos, retire do fogo e deixe esfriar até ficar morno.
Tomar uma xícara adoçada com mel, meia hora antes de ir para o leito.

Outra forma de preparo é a obtenção do suco fresco. Pegue um pé inteiro de alface, lave bem todas as folhas, envolva-as num guardanapo e esmague-as bem.
Torça o tecido dentro de um recipiente de louça ou vidro e obterá um concentrado contra a insônia.
Comece tomando toda noite uma pequena colher do suco.

PARA LIMPAR A CASA DAS MÁS INFLUÊNCIAS

No primeiro dia da lua minguante.

1 balde de água limpa
1 pano branco limpo e virgem
Meio quilo de sal grosso
1 incenso de cânfora
1 vela branca simples
1 copo de vidro com água
3 rosas brancas

Coloque sal grosso no balde com água limpa.
Faça uma oração ao seu anjo da guarda para que lhe proteja durante esta magia, acendendo o incenso.
Acenda a vela ao lado do copo com água.
Lave as paredes de sua casa com a água e sal do balde, rezando sempre uma oração de sua preferência.
Ao acabar, jogue fora o pano e o resto da água de sal.
Despeje a água que ficou no copo e deixe a vela queimar até o fim.
Depois tome um banho com pétalas de rosas brancas, jogando a água de rosas desde a cabeça até os pés.
Após quatorze dias, na entrada da lua crescente, faça a magia da prosperidade no lar.

PARA ATRAIR DINHEIRO PARA A SUA CASA

Na fase da lua crescente.

Compre uma espiga de milho madura (a maior que encontrar).
Vire a palha sem quebrar e amarre com três fitas de cetim: uma verde, uma amarela e outra dourada.
Faça um pedido às divindades da fartura e pendure a espiga na porta de entrada da casa, do lado de dentro.

PARA AMPLIAR O SEU CÍRCULO DE AMIGOS

Na próxima noite de Lua Cheia escreva seu nome a lápis num papel branco.
Dobre o papel e coloque dentro de um pires branco com um pouco de mel.
Deixe o pires no sereno durante toda a noite. De manhãzinha, antes dos raios fortes do sol, jogue o mel e o papel em água corrente.
Repita o mesmo ritual a cada Lua Cheia.

Você fará muitos amigos !

PARA ATRAIR A PROSPERIDADE AO LAR

Fazer na entrada da lua crescente, de preferência numa quinta-feira pela manhã.
Fazer esta magia apenas após ter defumado a sua casa ou praticado a magia da limpeza das más influências.

1 saquinho de pó de canela moída e fresquinha
1 vela de sete dias verde
1 copo com água mineral
1 prato branco virgem com mel e moedas
Tome um banho e vista uma roupa limpinha.
Pegue o prato, acenda no meio a vela.

Cerque a vela com 8 moedas e cubra com mel.
Invoque os deuses da abundância enquanto prepara este material.
Depois, espalhe suavemente o pó de canela em todos os quatro cantos de sua casa, pedindo que a fartura esteja sempre presente.
Repita todo mês, ou sempre que sentir a necessidade.

POÇÃO PARA ATRAIR UM AMOR

Para ser feito na primeira noite da lua nova.

1 caldeirão de cobre
1 litro de água mineral
8 paus de canela
8 folhas do pé de cravo
8 pétalas de rosa cor-de-rosa
1 vela de um dia feita de mel
1 incenso de patchuli

Coloque a água para ferver no seu caldeirão de magias.
Acenda o incenso e a vela de mel.
Quando levantar fervura, jogue dentro do caldeirão os outros ingredientes.
Mexa lentamente, em fogo brando, enquanto mentaliza o amor chegando em sua vida.
Invoque a deusa do amor e peça que lhe cubra de atrativos para que o amor venha

até a próxima lua cheia.
Quando o incenso estiver queimado, desligue o fogo. Coe o líquido e jogue na calçada em frente de sua casa, à meia-noite.
Deixe a vela queimar até o fim.
Escolha um vaso de plantas bem viçosas e enterre o resto da vela junto com a canela e as folhas e pétalas.
Todos os dias, ao raiar da manhã, regue este vaso com um pouquinho de água, repetindo a invocação para a deusa do amor.
Repita esta magia a cada lua nova, até atingir o seu objetivo.