Ponto Caboclo

Ele vem do reino de Oxosse

Vem neste terreiro trabalhar (bis)

Com a permissão de Xangô e Iemanjá

Caboclo aqui vem para saudar os seus irmãos.

Ele é Caboclo Lírio Branco

E vem neste terreiro trabalhar.

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Cabocla Juremi veio das matas

Pra seus filhos ajudar

Com permissão de Oxosse

Cabocla vem guerrear saravá essa Cabocla

Saravá esse Orixá.

Saravá Cabocla Juremi

Que aqui vem pra trabalhar.

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Ele é Caboclo Lírio Branco

E veio das cachoeiras

Trouxe arco e trouxe flecha

Para guerrear aqui

Na aruanda, na aruanda

Na aruanda faz mironga (bis)

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Subi pedreiras pra ver meu pai Xangô

Nas cachoeiras em corrente de Nagô

No céu azul lua cheia brilhou

Estrela dourada o céu enfeitou

Quiou, quiou, quiou, quiou

Ele é Caboclo Lírio Branco

E seu reino é de Xangô (bis).

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Meu pai Xangô é rei lá nas pedreiras

Também é rei Caboclo das cachoeiras

Na sua aldeia tem os seus Caboclos

Nas suas matas tem as cachoeiras

No seu saiote tem penas douradas

Seu capacete brilha na alvorada.

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Oxosse é caçador e eu gosto de ver caçar (bis)

De dia ele caça nas matas, a noite ele caça no mar (bis)

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Caçador na beira do caminho. Ai não me mate essa coral na estrada

Se ela abandonou sua choupana caçador

Foi no romper da madrugada.

Caçador.

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A sua flecha quem lhe deu foi Oxosse

A sua lança quem lhe deu foi Ogum

E as estrelas que brilham em seu capacete

Veio do manto de mamãe Oxum.

Saravá Ogum,

Saravá Oxum

Quem vem chegar lá de aruanda

É o Caboclo Pena Azul (bis).

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Os Caboclos de Xangô tem uma pedra na mão

Tiraram da cachoeira e pediram proteção

Saravá meu pai Xangô

Saravá sua machada

Dê a sua proteção e manda aqui a caboclada.

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Os rios nascem na serra

E as águas correm pro mar.

Onde estão todos os Caboclos

Que Oxosse mandou chamar

Mandou chamar.

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Caboclo mora nas matas

Nas matas moram os Orixás (bis)

Diga a ele para vir firmar seu ponto

Auê, auê, auá.

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Caboclo bom, Caboclo bom, é Caboclo de penas

Caboclo bom, Caboclo bom, ele vem da jurema

Eu tenho fé na Virgem Maria

Eu tenho fé no Anjo da Guarda

Ele é nosso guia (bis).

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Caboclo a tua mata é verde

É verde é da cor do mar (bis)

Saravá os Caboclos da Jurema (bis)

Jurema.

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Oxosse mora na beira do rio

Sua choupana quem lhe deu foi Oxalá

Lhe deu a lua, as estrelas e seu bodoque

E as matas da Jurema para Oxosse trabalhar.(bis)

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Vestimenta de Caboclo é samambaia,

é samambaia e cipó (bis)

Olha Caboclo não se atrapalha

saia do meio da samambaia (bis)

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Estrela matutina clareia a Umbanda sem parar (bis).

Oi dizem que meu pai é um Caboclo auê, auê, auá.

Diga a ele para confirmar seu ponto auê, auê, auá.

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Hoje tem batuque no terreiro é Tupinambá (bis)

É o pele vermelha que vem pra guerrear

Com a sua flecha todo mal levar.

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Ele atirou.

Ele atirou, ele atirou e ninguém viu (bis)

O seu Oxosse é quem sabe, onde a flecha caiu (bis).

Ele atirou a sua flecha mas errou, (bis)

Sentou-se na areia e pôs – se a chorar

Mas quando vê a cobra corre prá matar (bis)

Ele é Caboclo é da banda de lá (bis)

Quando vê a cobra, corre prá matar (bis).

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Vermelho é a cor do sangue do meu pai

E verde é a cor das matas (bis)

O saravá seu Lírio Branco na aruanda

O saravá pra banda onde ele mora.

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O Jurema, o Jureminha

Lá nas matas ela é rainha

Filha de Tupinambá

Vamos saudar o terreiro

Vamos saravá a Jurema

Salve o sol e a lua (bis).

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Estava sentada na cadeira da Jurema

Por que mandaram me chamar? (bis)

O Juremi, o Juremá

Porque mandaram me chamar?

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Como é bonito assistir festa na mata

Ouvir o som das cascatas

E o lindo canto do sabiá

Que noite linda, o bela noite de luar

Foi no clarão da lua que eu vi Tupinambaia passar

A mata estava em festa, toda coberta de flor

Até os passarinhos cantam

Meu Caboclos,

O eles cantam em seu louvor

O, o, o, diz o poema

o, o, o ó meu senhor

Como é bom ter a certeza

Que Tupinambaia é nosso protetor (bis).

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Caboclo já tem caminho para trabalhar (bis)

Ele trabalha por cima de pedra

Por baixo de pedra em qualquer lugar

Seus caminhos estão abertos

Caboclo pode passar (bis).

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Meu pai Xangô é rei lá nas pedreiras

Também é rei Caboclo das cachoeiras (bis)

Na sua aldeia tem os seus caboclos

Na sua mata tem as cachoeiras

No seu saiote tem penas douradas

Seu capacete brilha na alvorada.

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Eu estava naquela mata quando ouvi o seu cantar (bis)

É o canto de um Caboclo que estava a me chamar (bis)

Seu Iatan, seu Iatan é um Caboclo formoso

É irmão de Ipujucan (bis).

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Caçador na beira do caminho

Ai não me mate essa coral na estrada

Se ela abandonou sua choupana caçador

Foi no romper da madrugada.

O seu Ubirajara quando vem da aldeia

Ele tras na cinta uma cobra coral

Mas é uma cobra coral (bis).

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Caboclo roxo, da pele morena

Ele é Oxosse é caçador lá da jurema (bis)

Ele jurou e torna a jurar de aceitar os

Conselhos que a Jurema veio dar (bis).

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Caboclo Arruda vem descendo a serra

Caboclo Arruda vem de juremá

Caboclo arruda com seu capacete

O paranga, pisa na umbanda auê.

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Se você tem Caboclo eu quero ver balancear (bis)

Arreia, arreia capangueiro da jurema, o juremá (bis).

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Jurema recebi o seu recado

Aqui estou atendendo ao seu chamado

Aqui me tens diante de ti De joelho aos teus pés

Rainha da mata virgem Jurema eu sei que és

Filha de Tupã, irmã de oxalá

Na linha de Umbanda, na legião de Urubatão

Jandira, Jupira, Indaia e Iracema

Essa é a falange suprema da linda Cabocla Jurema

Eu conheci Jurema na linha de Ozaluz

Na imagem de um poema Na bênção de Jesus

Amava tanto na vida como bastante eu amei

Essa Umbanda querida, segue a nossa lei

E nesta Tenda chegou, o nosso mestre e Senhor

Nesta mensagem sagrada, nesta mensagem de amor.

Salve o reino de Oxosse onde Jurema é rainha

Pois o homem sem amor é um morto que caminha (bis).

Eu nasci na mata debaixo de um arvoredo (bis)

Nasci na mata, na mata não tenho medo (bis).

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O Juremi, o juremá sua flexa caiu serena Jurema

Dentro desse gongá (bis)

Salve São Jorge guerreiro

Salve São Sebastião

Saravá todos os Caboclos

Que nos dão a proteção na jurema.

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Caboclo, Caboclo bom taí (bis)

Saravá seu Lírio Branco

Caboclo bom taí (bis).

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Mas com licença eu entrei na mata

Estava clareando o dia (bis)

Eu fui chamar todos os Caboclos de aruanda

Para nossa companhia (bis).

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Caboclo firma seu ponto na raiz do cipó (bis)

A meia noite na lua, ao meio dia no sol (bis).

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Eu vi Jurema nas matas

Eu vi sabiá cantar (bis).

Eu vi juriti nas palmeiras

Olhando a sereia do mar (bis).

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Cabocla Lírio Branco lá do reino de Xangô

Tem permissão suprema de Xangô e da

Jurema para aqui chegar

Com seu cachimbo da paz

Com uma flor que é só pureza

Ela é na verdade a princesa do povo asteca

E vem só em paz.

Ê, ê, ê,

Ê, ê, á

Cabocla Lírio Branco vem os seus manos saudar (bis).

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A mata estava escura um anjo iluminou (bis)

No meio da mata virgem o seu Oxosse assobiou (bis)

Mas ele é rei, ele é rei, mas ele é rei na Umbanda ele é rei (bis)

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O seu Flexeiro passou lá na jurema

Estrela d’alva iluminou na mata virgem

A água de Oxosse corre na cachoeira

Saravá meu pai Flexeiro

cajuete da lei suprema (bis).

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SUBIDA
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A sua aldeia é longe o camarada

Mas de longe se avista o mar (bis)

Mas ele vai, mas ele vai

Mas ele vai pra sua aldeia voltar.

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No tronco verde da jurema

Onde o Pai Oxosse mora (bis)

Onde Jesus passou e disse amém

Pra lá este Caboclo vai embora (bis)

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Cambone ele vai girar meu Cambone

Vai numa gira só (bis)

O seu bodoque fica aqui

Cambone ele já vai subir

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Tava na Mata

Tava caminhando

Tava na Mata

Tava caminhando

Seu Pena Branca passou me chamando

Seu Pena Branca passou me chamando

Eu, vou

Eu, vou

Onde ele mora

Ele mora nas matas

De Nossa Senhora

Eu, vou

Eu, vou

Ele vem trabalhar

Ele e Pena Branca da tribo Guara

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Nas pedreiras de Xangô

Ele tem sua morada (bis)

Caboclo Lírio Branco vai embora

Com a proteção de Iemanjá.

Saravá Meu Pai Xangô

Saravá Iemanjá

Caboclo Lírio Branco vai embora

Mas volta pra trabalhar.

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Oxosse lhe chama

De volta para as matas

Cabocla Juremi vai embora

Vai embora para as matas.